Os 41 vereadores da Câmara Municipal de Manaus (CMM) utilizaram,em conjunto,R$ 3.568.188,78 da Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar (CEAP) apenas nos três primeiros meses de 2025. Os dados foram obtidos pelo Em Tempo e estão disponíveis no Portal da Transparência.
As despesas mais significativas foram com a locação de veículos terrestres e fluviais, totalizando R$ 1.518.638,79.Em seguida, destacam-se os gastos com a parlamentar-conhecida-como-cotao/” title=”Deputados Federais do Amazonas Gastam Quase R$ 1 Milhão da Cota … Conhecida como 'Cotão”>divulgação das atividades parlamentares (R$ 1.036.202,30) e o abastecimento de combustível (R$ 773.685,04).
O presidente da Câmara, vereador David Valente Reis, foi o que mais utilizou a verba disponível, desembolsando R$ 99.253,01 — quase todo o valor permitido para ele no período analisado. A maior parte desse montante foi destinada ao aluguel de veículos e à publicidade do seu mandato.Por outro lado,Rodrigo Guedes foi o parlamentar que menos recorreu ao “cotão”,utilizando R$ 35.719,40 em gastos discricionários principalmente com combustível e divulgação.
Ranking dos Maiores Gastadores
1 – David Valente Reis – R$ 99.253,01
2 – Coronel Rosses – R$ 99.250,31
3 – Jander Lobato – R$ 99.200,83
4 – raiff Matos – R$ 99.034,18
5 – Yomara Lins – R$ 99.000
O cientista político Helso Ribeiro criticou os altos gastos com a CEAP na Câmara Municipal de Manaus: “Essa despesa pode ultrapassar R$16 milhões por ano e dificilmente seria aprovada em um referendo popular”, afirmou ele em entrevista ao portal Em Tempo.
Ele ressaltou que muitos países não oferecem salários fixos aos vereadores; eles atuam como uma extensão das suas profissões principais sem remuneração adicional do Legislativo.
Além disso,Ribeiro questiona se é possível reduzir os repasses feitos pela Prefeitura à Câmara: “Os parlamentares já recebem salário e ajuda para contratar pessoas; esse dinheiro é nosso”, enfatizou ele sobre a necessidade de uma gestão mais eficiente dos recursos públicos.
A última atualização do valor do cotão ocorreu na legislatura anterior sem resistência significativa dos vereadores atuais; Ribeiro acredita que mudanças nesse sentido são improváveis nesta legislatura atual devido ao interesse próprio dos parlamentares envolvidos nas decisões sobre seus próprios salários.
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