Vereadores de Manaus sob investigação por suposta fraude na cota de gênero
Seis vereadores da cidade de manaus estão sendo alvo de uma investigação do Ministério Público Eleitoral (MPE) por suspeitas de irregularidades relacionadas à cota de gênero nas eleições municipais. Os parlamentares Dione carvalho, rosinaldo Bual, João Paulo Janjão, Jaildo Oliveira, Elan Alencar e Zé Ricardo são investigados após denúncias que apontam a apresentação de candidaturas femininas fictícias para atender ao percentual mínimo exigido pela legislação.
O promotor Alberto Rodrigues, da 62ª Zona Eleitoral, emitiu pareceres que recomendam a cassação das chapas dos partidos Agir, Democracia cristã (DC) e da Federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV). As investigações indicam que as legendas teriam registrado candidaturas apenas para cumprir formalmente a exigência legal.
Candidaturas fictícias levantam suspeitas
No caso do partido Agir, o MPE destaca que duas candidatas não realizaram campanhas eleitorais efetivas e não movimentaram recursos financeiros. O promotor argumenta que isso sugere uma intenção deliberada de simular o cumprimento da cota feminina. A situação é semelhante na federação Brasil da Esperança com a candidata Jakeline de Souza, cuja ausência em atividades eleitorais também levanta questionamentos sobre sua real participação no pleito.
Além disso, o Democracia Cristã enfrenta acusações semelhantes. A candidatura registrada como feminina foi identificada como pertencente a um homem. O MPE considera essa ação uma tentativa clara de fraudar as normas estabelecidas para garantir representatividade feminina nas eleições.Defesas dos vereadores
Os vereadores envolvidos se manifestaram publicamente sobre as acusações. Zé Ricardo afirmou estar surpreso com sua inclusão na ação judicial e defendeu sua inocência ao afirmar que não ocupava cargo dirigente no partido e não teve responsabilidade pela formação das chapas. Ele destacou ainda que todas as candidaturas femininas apresentadas estavam dentro dos limites legais exigidos.
João paulo Janjão também se posicionou contra as alegações feitas pelo MPE e garantiu que seu partido atuou dentro das normas eleitorais vigentes.
Próximos passos judiciais
Agora cabe à Justiça Eleitoral analisar os pareceres do ministério Público para decidir sobre a validade das ações propostas. Se confirmadas as fraudes denunciadas, os partidos poderão enfrentar sanções severas incluindo cassação dos registros eleitorais e redistribuição das vagas obtidas nas eleições.
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