sexta-feira, dezembro 5, 2025
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Venezuelanos temem nova onda de emigração após suspeitas de fraude eleitoral

Uma pesquisa realizada ‌pelo instituto ⁢venezuelano Meganalisis entre os dias 8 e 11 de agosto revelou que 43,2%‌ dos entrevistados pretendem deixar a Venezuela após o anúncio do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), em 28‍ de julho, que declarou o presidente Nicolás Maduro ‍vencedor das eleições presidenciais.‍ A divulgação dos resultados por centro e posto de votação ainda não ‍foi apresentada,gerando suspeitas de fraude eleitoral. Mais de mil pessoas participaram da pesquisa ⁢por telefone em Caracas​ e⁤ nos 23 estados do país.

Crescimento da intenção ⁤migratória na Venezuela

O levantamento, com 95% de confiabilidade, preocupa autoridades locais e internacionais devido ao impacto potencial na região fronteiriça entre ‍Colômbia e Venezuela. São⁤ mais de 2.341 quilômetros compartilhados,onde já houve episódios anteriores de migração em massa.

Preocupação nas cidades‍ fronteiriças

Segundo Jorge Acevedo, prefeito ⁤da⁢ cidade colombiana‍ Cúcuta, localizada no⁤ nordeste do país, a possibilidade de uma nova onda migratória depende do desenrolar dos acontecimentos na Venezuela. “Estamos nos preparando para ​essa possível mobilização migratória”,afirmou Acevedo em entrevista coletiva à imprensa ⁢local. Ele ressaltou que esperam que o fluxo não ultrapasse as capacidades já testadas em crises anteriores como a ocorrida em 2015.

Perfil dos venezuelanos que deixam o país

Alguns cidadãos venezuelanos já decidiram sair do país motivados pelo medo da repressão ou prisão ‌política.Durbi Borges relatou ter‌ sido perseguido pelo Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional‍ (Sebin) após atuar como testemunha eleitoral ‍contra Maduro: “Tive que deixar a Venezuela para continuar lutando por um país livre”.

reação das autoridades colombianas diante da crise⁤ migratória

O⁣ Ministério das Relações​ Exteriores da Colômbia informou que até agora a ⁣situação permanece estável, mas não descarta aumento no número de imigrantes venezuelanos num futuro ⁢próximo. Durante visita ao departamento colombiano⁢ La Guajira, Luis Gilberto Murillo afirmou que não há previsão ‌para declaração ⁢oficial de emergência na fronteira.

posicionamento‌ oficial sobre fluxo migratório

Murillo classificou as preocupações sobre um aumento significativo no fluxo ‍como “expectativas sem fundamento” até o momento‍ atual. Já o governo do presidente Gustavo Petro reconhece a sensibilidade do tema devido aos impactos econômicos,sociais e humanitários decorrentes dessa possível migração massiva.

Petro destacou nas redes⁢ sociais: “Um acordo político interno ⁢na Venezuela é⁤ fundamental para garantir paz”. Ele ‍garantiu ainda tranquilidade às populações fronteiriças afirmando que as ‍fronteiras permanecerão abertas visando prosperidade comum entre ​os povos vizinhos.

Rota perigosa rumo ⁣aos ‍Estados Unidos pela Colômbia

Para muitos venezuelanos, além da Colômbia ser destino ⁤final temporário⁣ ou permanente, ela​ funciona como rota obrigatória para alcançar outros países americanos atravessando áreas perigosas⁣ como o Darién Gap – uma densa selva ⁣entre Colômbia ⁣e Panamá conhecida pelos riscos à vida dos migrantes.

Desafios enfrentados pelos refugiados no⁤ Darién Gap

Em 2023 cerca de 520 mil pessoas tentaram cruzar essa região segundo dados oficiais colombianos. Entre eles estão famílias inteiras​ com crianças ‍pequenas enfrentando⁣ condições ​precárias enquanto buscam melhores oportunidades fora da América Latina.

José Raul Mulino assumiu recentemente a​ presidência panamenha aumentando os controles imigratórios nessa área estratégica para conter fluxos irregulares provenientes principalmente da Venezuela.

Preparação insuficiente ⁤diante nova crise humanitária?

Oscar Montes, analista político colombiano ligado ao jornal El Heraldo alerta sobre ‌recursos limitados⁢ disponíveis para acolher novos grupos migratórios: “A comunidade ⁤internacional ainda não alocou fundos suficientes frente ‌à gravidade social existente”. Segundo ele há problemas​ estruturais internos agravados pela falta orçamentária governamental somada à discussão sobre reformas fiscais⁣ recentes no país vizinho.

Montes conclui afirmando ser questão temporal até deflagrar um novo êxodo se nenhuma solução efetiva​ for encontrada dentro da própria Venezuela.

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