Enquanto os bombardeios se intensificam no sudeste da Ucrânia, líderes internacionais buscam avançar nas negociações de paz entre Moscou e kiev. Na terça-feira (29), pelo menos 18 pessoas morreram e cerca de 80 ficaram feridas após ataques russos atingirem uma penitenciária na região de Zaporizhzhia. O governador local, Ivan Fedorov, confirmou que o presídio foi destruído e que residências próximas também sofreram danos. Além disso, outras quatro mortes foram registradas em Dnipro devido aos ataques recentes.Negociações e ofensivas continuam sem trégua
A troca de ataques entre Rússia e Ucrânia permanece intensa, sem sinais claros de cessar-fogo. No início da semana, o ministério da Defesa russo anunciou a captura dos assentamentos Boikivka e Belhiika, no leste do país. No domingo (27), um ataque com drones em Odessa provocou pânico entre banhistas numa praia local, enquanto bombardeios na região de dnipropetrovsk causaram três mortes no sábado (26).Apesar do cenário violento, representantes dos dois países se reuniram na Turquia em 23 de agosto para a quarta rodada de negociações nos últimos três meses. Contudo, ambos os lados afirmaram estar distantes de um acordo para suspender as hostilidades.
Condições para avanço nas conversas
O Kremlin declarou que o presidente Vladimir Putin só aceitará um encontro com Volodymyr Zelensky caso as negociações estejam próximas a um acordo definitivo. Em contrapartida, o presidente dos Estados Unidos criticou Putin durante reunião com o primeiro-ministro britânico Keir Starmer e afirmou querer reduzir o prazo dado à Rússia para fechar um pacto ou enfrentar sanções mais duras.Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, avaliou como improvável uma cúpula antes do final deste mês – data sugerida por Kiev – ressaltando que as posições permanecem “diametralmente opostas”. Segundo ele, uma reunião desse tipo deve selar entendimentos já discutidos por especialistas; iniciar pelo encontro seria inviável diante da complexidade diplomática envolvida.
Principais demandas das partes
A Rússia exige que a Ucrânia aceite ceder quatro territórios atualmente ocupados além da Crimeia e renuncie à entrada na Otan – condições rejeitadas por Kiev como inaceitáveis. Por sua vez, a Ucrânia pede retirada total das tropas russas do seu território junto com garantias ocidentais de segurança; isso inclui envio contínuo de armamentos e presença militar europeia – termos recusados por Moscou.
Mesmo diante dessas divergências profundas,moscou reafirmou recentemente sua disposição ao diálogo após pressão internacional para avançar rumo à paz.Conclusão
O conflito segue marcado pela escalada dos combates enquanto tentativas diplomáticas enfrentam obstáculos significativos devido às exigências conflitantes das partes envolvidas.A situação demanda atenção constante das lideranças globais para evitar maior deterioração humanitária no sudeste ucraniano.
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