O tráfego na BR-319 foi restabelecido na tarde desta quarta-feira (4), conforme anunciou o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). As travessias sobre os rios Curuçá, no km 23,30, e Autaz Mirim, no km 24,60, estão novamente operando após quatro dias de interdição devido a desabamentos e falhas em equipamentos.
A liberação do tráfego ocorreu após a realização de obras emergenciais que incluíram reforços com brita e rachão nos acessos à ponte do Curuçá.O DNIT continua monitorando a situação e agradeceu aos motoristas pela compreensão durante o período de bloqueio.
As travessias provisórias sobre os rios Curuçá e Autaz-Mirim foram danificadas pelas intensas cheias que atingiram a região. Na manhã desta quarta-feira, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) havia sinalizado o bloqueio no km 23 devido ao colapso do aterro que sustentava a passagem.
Equipes do DNIT iniciaram intervenções com materiais adequados para garantir que veículos pesados possam transitar nos próximos dias.Outro incidente ocorreu no km 25 da rodovia, onde uma balsa apresentou problemas mecânicos após um caminhão pesado tentar embarcar na embarcação, rompendo um cabo de segurança.A situação foi resolvida com o auxílio de um rebocador mais potente.
Durante o período em que as travessias estavam interditadas, motoristas tiveram como única alternativa retornar ao km 68 da rodovia e seguir pelo ramal São José até Iranduba antes de continuar pela AM-352. Essa rota alternativa acrescentava cerca de duas horas à viagem entre Manaus e Careiro.
A BR-319 é crucial para conectar Manaus ao restante do país através da ligação terrestre com Rondônia. A interrupção nas travessias impactou diretamente o abastecimento e a logística na região amazônica.
Esse episódio também reacendeu discussões sobre a necessidade da pavimentação da BR-319. em uma audiência realizada em maio na Comissão de Infraestrutura do Senado, houve confrontos entre senadores amazonenses e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Os parlamentares criticaram as restrições impostas por ela ao desenvolvimento regional enquanto Marina defendeu que qualquer construção deve ser precedida por estudos adequados para evitar danos ambientais significativos.
O trânsito já foi normalizado na área afetada; entretanto, moradores pedem mais sinalização para prevenir futuras tragédias nas estradas locais.
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