A polícia prendeu nesta terça-feira (18) uma mulher e um homem, de 22 e 25 anos, suspeitos de integrar uma organização criminosa que aplicava golpes com falsos consórcios na capital. A ação fez parte da Operação Consórcio de Papel, que também cumpriu cinco mandados de busca e apreensão em diferentes zonas da cidade.
A Delegacia Especializada em Crimes contra o Consumidor (Decon) efetuou a prisão.
Como o golpe funcionava
Segundo o delegado Rafael Guevara, as investigações começaram após dez vítimas procurarem a delegacia relatando prejuízos financeiros.
“O grupo divulgava anúncios, especialmente em redes sociais, para atrair as vítimas com a oferta de móveis, imóveis e o sonho do carro próprio, prometendo crédito fácil para a aquisição desses supostos bens”, explicou Guevara.
O grupo estruturou duas empresas “fantasmas”, registrando pessoas jurídicas com nomes quase idênticos ao da administradora verdadeira. Além disso, utilizavam o nome e a logomarca oficial nos falsos contratos de adesão a consórcios, o que conferia aparência de credibilidade e facilitava o golpe.
“Eles elaboravam falsos contratos de adesão a grupos de consórcio, utilizando o nome dessa administradora. As vítimas eram induzidas a pagar um valor de entrada acreditando que obteriam a casa ou o veículo em curto prazo. Contudo, isso não acontecia, e então elas procuravam a polícia”, destacou o delegado.
Prisões e buscas
A polícia deteve duas pessoas em um escritório na zona sul de Manaus. A operação também atingiu locais vinculados ao grupo criminoso nas zonas oeste e leste da capital. Os suspeitos vão responder pelos crimes de estelionato, crime contra as relações de consumo e associação criminosa.
Procurados pela polícia
Outras duas pessoas seguem sendo procuradas: Jhonatan Cunha dos Santos Silva e Rebeca Ingrid da Silva Campos.
A PC-AM solicita que informações sobre o paradeiro dos foragidos sejam repassadas pelos números:
(92) 99962-2731 (Decon)
197 ou (92) 3667-7575 (Polícia Civil)
181 (Secretaria de Segurança Pública)
“O sigilo da identidade do informante está garantido”, afirmou Guevara.
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