um desentendimento entre os ministros Dias Toffoli e André Mendonça interrompeu a sessão da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) na terça-feira (11), em Brasília. A divergência ocorreu durante a leitura do voto de Mendonça, que analisava um processo relatado por Toffoli, gerando tensão sobre a interpretação do conteúdo original.
Conflito sobre a interpretação do voto
Durante sua fala, o ministro Dias Toffoli contestou a forma como André Mendonça interpretava seu voto no julgamento. Toffoli afirmou que o colega estava distorcendo suas palavras ao sugerir uma releitura equivocada da decisão.
Ele destacou que “o Supremo disse que não podia fazer revolvimento de matéria fática” e reforçou ter sido unânime em seu posicionamento. Em resposta, Mendonça afirmou respeitar o entendimento de Toffoli, dizendo: “Também li, ministro. Respeito a posição de Vossa Excelência.”
Troca acalorada entre os ministros
A discussão se intensificou quando Toffoli acusou Mendonça de deturpar seu voto com veemência: “Vossa Excelência está deturpando o meu voto, com a devida vênia.” O ministro Mendonça negou as acusações afirmando apenas estar lendo o texto.
Toffoli insistiu na discordância: “Vossa Excelência está colocando palavras no meu voto que não existiram. O voto é meu mesmo.” Em seguida, Mendonça observou que Toffoli parecia exaltado sem necessidade diante da situação.
O clima ficou mais tenso quando Toffoli respondeu dizendo sentir-se exaltado diante do que chamou de covardia.
Encerramento e posicionamento final
Após esse embate verbal, André Mendonça decidiu encerrar sua manifestação pedindo desculpas ao colega e informando acompanhar o entendimento divergente apresentado pelo ministro Luiz Edson Fachin: “Desculpa, ministro Dias Toffoli. Eu encerro aqui, senhor presidente. Eu acompanho a divergência do ministro Luiz Edson Fachin.”
Composição atual da Segunda Turma
A Segunda Turma do STF é composta pelos ministros Dias Toffoli, André Mendonça, Gilmar Mendes, nunes Marques e Luiz fux.
Este episódio evidencia as tensões internas nas decisões judiciais mais complexas e ressalta como interpretações distintas podem gerar debates acalorados mesmo entre integrantes da mesma corte.
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