O Serviço Geológico do Brasil (SGB) e a Marinha do Brasil, por meio do Centro de Hidrografia e Navegação do Noroeste (CHN-9), realizaram ações de monitoramento geodésico e topográfico no rio Amazonas, em Itacoatiara.
A iniciativa garante a plena operacionalidade da Estação Fluviométrica de Itacoatiara, que integra a Rede Hidrometeorológica Nacional (RHN). Essa estação é essencial para o acompanhamento do nível do rio Amazonas e contribui com dados que apoiam ações preventivas contra estiagens e secas severas.
Dados garantem precisão em estudos hidrológicos
Os técnicos do SGB coletaram dados sobre o nível do rio Amazonas e obtiveram coordenadas geográficas e altitudes ortométricas na área da estação. Essas informações são fundamentais para garantir maior precisão nos estudos hidrológicos da região.
Com os dados produzidos, os órgãos técnicos conseguem planejar medidas que fortalecem a segurança hídrica e orientam decisões em períodos de baixa dos rios.
Equipamentos GNSS permitem medições de alta precisão
O monitoramento geodésico envolve a medição e o acompanhamento de movimentações em estruturas ou áreas terrestres ao longo do tempo. Para isso, os pesquisadores utilizaram equipamentos GNSS (Global Navigation Satellite System), que permitem determinar com precisão a posição e altitude de pontos na superfície terrestre e em corpos hídricos.
A equipe do SGB instalou esses receptores nas referências de nível (RN) da estação, permitindo monitorar possíveis alterações nas leituras diárias da cota do rio.
Continuidade de dados mesmo após sinistros
Segundo Carlos da Matta, técnico em geociências do SGB, o nivelamento geodésico permite reconstruir rapidamente os lances de réguas danificados, sem prejudicar a série histórica de monitoramento.
“Garantimos, assim, a continuidade das leituras antes e depois de reparos causados por sinistros. Vale lembrar que a estação está instalada em um ponto de grande tráfego aquaviário e já houve casos de embarcações que colidiram com os instrumentos de medição”, explicou.
Marinha utiliza dados para segurança da navegação
Além do uso hidrológico, a Marinha do Brasil também se beneficia das medições realizadas. A instituição utiliza os dados gerados para orientar os trabalhos de batimetria e mapear o leito do rio, atualizando as cartas náuticas e garantindo informações essenciais para a segurança da navegação no trecho próximo a Itacoatiara.
Leia mais:
Manaus ganha 4ª estação meteorológica na Zona Norte
Para ficar por dentro de outras notícias e receber conteúdo exclusivo do portal EM TEMPO, acesse nosso canal no WhatsApp. Clique aqui e junte-se a nós! 🚀📱