Manaus (AM) – Com pouco mais de quatro minutos de duração, a sessão ordinária desta terça-feira (8) foi suficiente para a Câmara Municipal de Manaus (CMM) oficializar o início do recesso parlamentar. Sem discursos, debates ou deliberações, os trabalhos foram encerrados de forma simbólica e com a ausência do presidente da Casa, vereador David Reis (Avante), que sequer apareceu no plenário. A condução ficou a cargo do vice-presidente, vereador Jander Lobato (PSD).
A interrupção das sessões plenárias ocorrerá oficialmente entre os dias 16 e 31 de julho, conforme determina a Lei Orgânica do Município de Manaus (Loman). No entanto, na prática, o recesso já começou.
Em nota ao Em Tempo, a CMM esclareceu que as atividades institucionais seguem nos demais setores da Casa, como comissões técnicas e departamentos administrativos. De acordo com o regimento interno, a quinta e sexta (10 e 11 de julho, neste caso) estão reservadas para homenagens, entrega de honrarias e audiências públicas.
Ainda segundo a assessoria da Câmara, os dias 9, 14 e 15 de julho foram compensados anteriormente, o que explica a antecipação do recesso. A previsão é de que os vereadores retornem às atividades legislativas normais no dia 5 de agosto.
Cada vereador recebe, hoje, um salário mensal de R$ 26 mil, além de uma cota parlamentar de R$ 33 mil destinada ao custeio das atividades do mandato. Eles ficarão quase 30 dias de férias.
Pautas para o segundo semestre
A reportagem questionou a Casa Legislativa sobre quais projetos de lei ficaram pendentes para o próximo semestre, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria. Entre os temas que devem voltar a ser debatidos pelos vereadores está o projeto de lei relacionado à mobilidade urbana, que regulamenta a atividade de motoubers em Manaus.
O tema polêmico gerou confusão ao final de junho, com direito a manifestação da categoria em frente à Câmara Municipal de Manaus.
A presidência da CMM não detalhou quais serão as prioridades no retorno do recesso, mas a expectativa é que os trabalhos ganhem novo ritmo com a aproximação das eleições gerais de 2026. Alguns vereadores, inclusive, já deixaram claro que disputarão o pleito para vagas no Parlamento estadual e federal.
O que é o recesso parlamentar?
O recesso é garantido por normas internas, geralmente previstas na Lei Orgânica do Município e no Regimento Interno das Casas Legislativas. Esse período funciona como uma “pausa” nas sessões ordinárias, mas não significa suspensão total das atividades legislativas, pois os gabinetes, comissões técnicas e funções administrativas podem continuar em funcionamento.
Dito isso, o vice-presidente da CMM, vereador Jander Lobato, chegou a brincar com os colegas sobre possíveis encontros pelas ruas da cidade.
A fala reflete um discurso comum entre os parlamentares durante o recesso: embora não haja sessões plenárias, muitos afirmam que não tiram férias, mas seguem trabalhando nos bastidores, mantendo a base eleitoral ou articulando estratégias para as eleições que se aproximam.
Assista à sessão plenária:
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