O senador Zequinha Marinho (Podemos-PA) expressou sua insatisfação em relação ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), que planeja transferir R$ 90 milhões, inicialmente destinados ao derrocamento do Pedral do Lourenço, no pará, para outra obra no Amazonas. Durante um discurso no Plenário na terça-feira (10), o parlamentar destacou que essa decisão representa mais um obstáculo para o avanço da Hidrovia Tocantins-Araguaia, considerada crucial para a logística nacional.
Marinho criticou a proposta do Dnit, afirmando: “Quando a gente pensa que vai dar para finalmente sair do buraco, a gente sente a lama bater na canela.” Ele ressaltou que os recursos já haviam sido aprovados para o projeto hidroviário e considerou inaceitável sua retirada neste momento crítico.
O senador lembrou ainda que o licenciamento ambiental da obra levou mais de dez anos para ser liberado, dificultando significativamente seu progresso.Com a licença de instalação agora concedida, ele enfatizou a importância da hidrovia em escoar entre 20 milhões e 60 milhões de toneladas de cargas anualmente, promovendo uma integração econômica entre as regiões Norte e Centro-Oeste.
“É inadmissível que o Dnit esteja agindo contra os interesses logísticos do país”, afirmou Marinho. Ele também reconheceu a relevância das obras em estados vizinhos mas defendeu que isso não deve ocorrer à custa dos interesses do Pará, estado com alguns dos piores indicadores logísticos segundo o Ranking de Competitividade dos Estados.
Além disso, mencionou os benefícios regionais trazidos por projetos como a ponte sobre o Rio Araguaia entre Xambioá (TO) e São geraldo (PA), atualmente paralisada. O senador concluiu seu discurso pedindo uma revisão da proposta pelo Ministério de Portos e Aeroportos e pelo Dnit.Acompanhe as atualizações da matéria e outras reportagens relevantes no Portal Notícias do Amazonas e fique sempre bem informado com as notícias de Manaus e região!
