Com o aumento da fumaça das queimadas e o tempo seco que atinge diversas regiões do país, cresce também a preocupação com as doenças respiratórias. O médico thiago Nogueira, professor da Faculdade de Saúde Pública da USP, conversou com o SBT News e explicou os impactos desse cenário para a saúde, especialmente em grandes cidades como São Paulo. Ele destaca que a exposição à poluição do ar nessas áreas é comparável ao consumo diário de um ou dois cigarros.
Impactos do tempo seco e da poluição na saúde respiratória
O período de baixa umidade agrava significativamente o desconforto respiratório das pessoas. Segundo Nogueira,essa condição favorece o surgimento e agravamento de doenças como rinite e asma. Além disso, a poluição atmosférica intensifica ainda mais esses efeitos negativos no sistema respiratório. “O desconforto causado pelo tempo seco é potencializado pela presença elevada de poluentes no ar”, afirma.
Exposição à poluição: equivalente a fumar cigarros
Diversos estudos indicam que respirar ar contaminado nas grandes metrópoles brasileiras equivale ao hábito de fumar um ou dois cigarros por dia. Essa comparação reforça a gravidade dos riscos à saúde causados pela qualidade ruim do ar em cidades como São Paulo e outras capitais.
Como se proteger durante períodos críticos
Medidas dentro de casa
Para minimizar os efeitos nocivos da fumaça das queimadas e da poeira acumulada, Nogueira recomenda permanecer em casa nos horários em que os níveis de poluição estão mais elevados. É importante manter portas e janelas fechadas para evitar a entrada desses agentes externos. A limpeza doméstica deve ser feita com pano úmido para não levantar poeira; o uso do espanador deve ser evitado justamente para impedir que partículas se espalhem pelo ambiente.
Cuidados com baixa umidade
A baixa umidade prejudica as vias aéreas, tornando-as mais suscetíveis às infecções respiratórias.O uso do umidificador é indicado para melhorar essa condição dentro dos lares; caso não seja possível adquiri-lo, uma alternativa simples é colocar uma bacia com água ou toalhas molhadas no ambiente para aumentar a umidade relativa do ar.
Recomendações para quem precisa sair às ruas
Durante os períodos mais quentes do dia – quando há maior incidência solar – é fundamental manter-se hidratado consumindo bastante água ao longo do dia e evitar exercícios físicos intensos ao ar livre. O uso de máscara torna-se essencial nesse contexto devido à alta concentração de partículas suspensas no ar provocadas pelas queimadas recentes.
Nogueira alerta ainda sobre cuidados redobrados com grupos vulneráveis: idosos, crianças pequenas e pessoas portadoras de doenças crônicas devem ter atenção especial aos sintomas relacionados à desidratação ou problemas respiratórios.
Atenção aos sintomas graves
Pessoas pertencentes aos grupos considerados risco devem buscar atendimento médico imediato caso apresentem sinais como tosse persistente, crises asmáticas frequentes, rinite intensa acompanhada por taquicardia ou confusão mental – condições agravadas tanto pelo clima quanto pela má qualidade do ar urbano.Além disso, ele ressalta que além dos pulmões essas condições podem afetar diretamente o coração acelerando batimentos cardíacos ou até mesmo desencadeando quadros iniciais de infarto devido ao estresse provocado pela combinação entre calor excessivo e contaminação atmosférica elevada.
Diante desse cenário preocupante envolvendo tempo seco,queimadas espalhadas pelo país e poluição urbana,adotar medidas preventivas torna-se indispensável para preservar sua saúde respiratória principalmente nas grandes cidades brasileiras onde esses fatores são intensificados diariamente.
Acompanhe as atualizações da matéria e outras reportagens relevantes no Portal Notícias do amazonas e fique sempre bem informado com as notícias de Manaus e região!
