terça-feira, agosto 12, 2025
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Quadrilha do AM é ligada a desvio de salário de Gabigol

Foto: Divulgação/PCPR

O município de Lábrea, no interior do Amazonas, foi um dos alvos da Operação Falso 9, deflagrada nesta terça-feira (24) por mais de cem policiais civis de quatro estados. A ação tem como objetivo desarticular um esquema milionário de estelionato que desviou salários de jogadores de futebol da Série A do Campeonato Brasileiro — entre eles, o atacante Gabriel Barbosa, o Gabigol, atualmente no Cruzeiro.

No total, estão sendo cumpridos 33 mandados judiciais, sendo 22 de busca e apreensão domiciliar, nove de prisão preventiva e dois de prisão temporária. As ordens foram expedidas para alvos em cinco cidades: Almirante Tamandaré e Curitiba (PR), Cuiabá (MT), Porto Velho (RO) e Lábrea (AM).

A Polícia Civil do Amazonas deu apoio à ação no estado, enquanto a investigação é coordenada pelo Núcleo de Combate aos Cibercrimes da Polícia Civil do Paraná, com apoio do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Esquema fraudulento

As investigações começaram em janeiro deste ano, após o setor de prevenção à fraude de uma instituição financeira identificar movimentações suspeitas ligadas à portabilidade de salários de atletas. Os criminosos usavam documentos falsificados com os dados dos jogadores para abrir contas bancárias fraudulentas. Em seguida, solicitavam a transferência do salário do verdadeiro titular para essas contas.

Assim que o dinheiro caía nas contas falsas, era rapidamente transferido, gasto ou sacado, dificultando o rastreamento e a recuperação dos valores. O esquema desviou mais de R$ 1 milhão, dos quais R$ 135 mil foram recuperados e bloqueados preventivamente.

Alvos e conexões

Entre os beneficiários do golpe, foram identificadas pessoas jurídicas com sede em Cuiabá (MT) e Porto Velho (RO), além de indivíduos que, juntos, movimentaram mais de R$ 287 mil. A instituição financeira envolvida corrigiu a vulnerabilidade e ressarciu os atletas lesados, que não tinham conhecimento das fraudes.

Cooperação entre os estados

Participaram da operação policiais civis de Rondônia (responsável pela operação), Paraná, Amazonas e Mato Grosso, destacando o caráter interestadual e integrado da investigação. A delegada Simone Barbieri, da Polícia Civil de Rondônia, destacou a importância da união entre forças de segurança e o setor privado para enfrentar crimes digitais.

O delegado Thiago Pereira Lima, do Paraná, ressaltou que a criminalidade digital ultrapassa fronteiras e exige cooperação intensa entre os estados: “A resposta da polícia judiciária é fundamental para proteger a sociedade e evitar que as economias dos cidadãos sejam subtraídas por criminosos cibernéticos”.

Nome da operação

A ação foi batizada de “Falso 9”, em alusão à posição tática do futebol conhecida por seu caráter dissimulado — uma referência direta à estratégia dos criminosos, que se passaram por jogadores para aplicar o golpe.

(*) Com informações do R7

Leia mais: Rocam prende quadrilha que assaltava comércios e entregadores em Manaus

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