Em maio de 2025, a produção industrial nacional recuou 0,5% frente a abril, na série com ajuste sazonal. Em relação a maio de 2024, na série sem ajuste, houve crescimento de 3,3%. O acumulado no ano foi a 1,8% e o dos últimos 12 meses chegou a 2,8%.
Maio 2025/ Abril 2025 | -0,5% |
Maio 2025/ Maio 2024 | 3,3% |
Acumulado no ano | 1,8% |
Acumulado em 12 meses | 2,8% |
Média móvel trimestral | 0,2% |
Na passagem de abril para maio de 2025, houve taxas negativas em três das quatro grandes categorias econômicas e 13 dos 25 ramos industriais pesquisados. Entre as atividades, as influências negativas mais importantes vieram de veículos automotores, reboques e carrocerias (-3,9%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,8%). Vale destacar também as contribuições negativas registradas pelos setores de produtos alimentícios (-0,8%), de produtos de metal (-2,0%), de bebidas (-1,8%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-1,7%) e de móveis (-2,6%).
Por outro lado, entre as onze atividades que avançaram, a de indústrias extrativas (0,8%) exerceu o principal impacto positivo, com a quarta alta consecutiva, período em que acumulou expansão de 9,4%. Outras influências positivas relevantes vieram de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (3,0%), de produtos de borracha e de material plástico (1,6%), de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (3,2%) e de produtos químicos (0,6%).
Entre as grandes categorias econômicas, ainda frente ao mês imediatamente anterior, na série com ajuste sazonal, bens de consumo duráveis (-2,9%) e bens de capital (-2,1%) mostraram os resultados negativos mais acentuados em maio de 2025. O setor produtor de bens de consumo semi e não duráveis (-1,0%) também assinalou recuo, sua segunda taxa negativa seguida, com perda acumulada de 4,3% nesse período.
O único resultado positivo veio do segmento de bens intermediários (0,1%), seu quarto mês consecutivo de crescimento na produção, período em que acumulou avanço de 2,4%.
Média móvel trimestral varia 0,2% no trimestre encerrado em maio
Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria mostrou variação positiva de 0,2% no trimestre encerrado em maio de 2025 frente ao nível do mês anterior e permaneceu com a trajetória ascendente iniciada em fevereiro de 2025. Entre as grandes categorias econômicas, bens intermediários (0,5%) e bens de consumo duráveis (0,3%) assinalaram as taxas positivas em maio de 2025. Por outro lado, os segmentos de bens de capital (-0,4%) e de bens de consumo semi e não duráveis (-0,4%) mostraram os resultados negativos em maio de 2025.
Frente a maio de 2024, produção industrial avança 3,3%
Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial assinalou expansão de 3,3% em maio de 2025, com resultados positivos em três das quatro grandes categorias econômicas, 19 dos 25 ramos, 55 dos 80 grupos e 60,1% dos 789 produtos pesquisados. Maio de 2025 (21 dias) teve o mesmo número de dias úteis do que igual mês do ano anterior (21).
Principais influências positivas no total da indústria:
1. Indústrias Extrativas (+8,7%)
Impulsionadas pela maior produção de:
- Óleos brutos de petróleo
- Minérios de ferro
- Minérios de manganês e seus concentrados
- Gás natural
2. Veículos Automotores, Reboques e Carrocerias (+12,2%)
Com destaque para a produção de:
- Automóveis
- Autopeças
- Veículos para transporte de mercadorias
- Caminhões
3. Máquinas e Equipamentos (+12,6%)
Alavancadas pela fabricação de:
- Tratores agrícolas
- Máquinas para colheita
- Aparelhos de ar-condicionado (inclusive do tipo “split system”)
- Aparelhos elevadores ou transportadores para mercadorias
- Ferramentas hidráulicas de uso manual
4. Produtos Químicos (+6,8%)
Destaque para:
- Herbicidas para plantas
- Fertilizantes químicos (fórmulas NPK)
- Inseticidas e fungicidas (uso agrícola)
Outras contribuições positivas importantes:
Produtos Alimentícios: +1,9%
Manutenção, Reparação e Instalação de Máquinas e Equipamentos: +13,0%
Produtos do Fumo: +28,4%
Produtos Têxteis: +11,9%
Artefatos de Couro, Artigos para Viagem e Calçados: +7,2%
Metalurgia: +6,7%
Produtos de Borracha e de Material Plástico: +3,5%
Bebidas: +3,4%
Por outro lado, ainda em relação a maio de 2024, entre as seis atividades em queda, coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-7,2%) exerceu a influência negativa mais intensa, pressionada, principalmente, pela menor produção de álcool etílico.
Bens de consumo semi e não duráveis foi o único setor a recuar ante maio de 2024
Ainda no confronto com igual mês do ano anterior, bens de consumo duráveis (15,4%) assinalou, em maio de 2025, a maior expansão entre as grandes categorias econômicas. Os setores produtores de bens intermediários (5,4%) e de bens de capital (0,8%) também mostraram taxas positivas nesse mês. Por outro lado, o segmento de bens de consumo semi e não duráveis (-2,9%) assinalou o único resultado negativo em maio de 2025.
O setor de bens de consumo duráveis, ao crescer 15,4% em maio de 2025 frente a igual período do ano anterior, marcou a décima segunda taxa positiva consecutiva e a mais elevada desde fevereiro de 2025 (16,4%).
Nesse mês, o setor foi impulsionado, em grande medida, pela maior fabricação de automóveis (33,5%). Vale destacar também os avanços registrados por motocicletas (6,0%) e pelos grupamentos de outros eletrodomésticos (29,4%) e de móveis (5,8%). Por outro lado, os principais impactos negativos vieram de eletrodomésticos da “linha branca” (-10,8%) e da “linha marrom” (-1,5%).
A produção de bens intermediários mostrou expansão de 5,4% em maio de 2025 frente a igual período do ano anterior, terceira taxa positiva consecutiva e a mais elevada desde fevereiro de 2024 (5,9%).
O índice desse mês foi explicado, principalmente, pelos avanços nos produtos associados às atividades de indústrias extrativas (8,7%), de veículos automotores, reboques e carrocerias (15,8%), de produtos químicos (8,6%), de metalurgia (6,7%), de produtos têxteis (15,4%), de produtos alimentícios (2,7%), de máquinas e equipamentos (8,3%), de produtos de borracha e de material plástico (3,6%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,3%), de produtos de minerais não metálicos (2,6%) e de produtos de metal (0,2%), enquanto a única pressão negativa foi registrada pelo setor de celulose, papel e produtos de papel (-1,7%).
Ainda nessa categoria econômica, vale citar também os resultados positivos assinalados pelos grupamentos de insumos típicos para construção civil (1,8%) e de embalagens (0,3%), que voltaram a crescer após recuarem no mês anterior: -1,5% e -1,3%, respectivamente.
Ainda no confronto com igual mês de 2024, o segmento de bens de capital, ao crescer 0,8% em maio de 2025 frente a igual período do ano anterior, interrompeu dois meses consecutivos de taxas negativas: abril (-3,6%) e março (-1,1%) de 2025.
Em maio, o segmento foi influenciado, principalmente, pelos avanços nos grupamentos de bens de capital agrícolas (34,3%) e de bens de capital para fins industriais (4,4%), impulsionados, em grande parte, pela maior produção de tratores agrícolas e máquinas para colheita, no primeiro; e de bens de capital seriados (4,4%) e não-seriados (4,7%), no segundo.
Os demais resultados positivos vieram de bens de capital para energia elétrica (4,5%) e para construção (1,0%). Por outro lado, os subsetores de bens de capital para equipamentos de transporte (-2,7%) e de uso misto (-0,7%) mostraram as taxas negativas.
O setor produtor de bens de consumo semi e não duráveis recuou 2,9% em maio de 2025 frente a igual período do ano anterior e marcou o segundo mês consecutivo de queda na produção, mas com perda menos acentuada do que a observada no mês anterior (-6,1%).
O desempenho negativo nesse mês foi explicado, principalmente, pelo recuo observado no grupamento de carburantes (-19,0%), pressionado, em grande parte, pela menor produção de álcool etílico.
Vale citar também o resultado negativo registrado pelo grupamento de não duráveis (-0,3%), influenciado, em grande medida, pelo recuo na produção dos itens medicamentos, desinfetantes para usos doméstico ou industrial, preparações capilares, sabonetes em barras, fraldas descartáveis e artigos descartáveis de plástico.
Por outro lado, os principais impactos positivos foram assinalados pelos subsetores de alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (2,0%), de semiduráveis (3,0%) e de alimentos e bebidas básicos para consumo doméstico (4,9%), impulsionados, em grande parte, pela maior produção de refrigerantes, batatas preparadas ou conservadas (congeladas ou não), leite condensado, produtos embutidos ou de salamaria e outras preparações de carnes de suínos ou de aves, carnes e miudezas de aves congeladas, pães, carnes de bovinos congeladas, frescas ou refrigeradas e vinhos, no primeiro; de calçados femininos de couro e de material sintético, sandálias e chinelos de material sintético, artigos do vestuário para uso adulto (de malha ou não), vestidos (de malha ou não), calças compridas, facas de mesa, colheres, garfos, conchas e outros artigos de metal para serviço de mesa, bermudas, jardineiras, shorts e semelhantes de uso feminino (de malha ou não), telefones celulares e vestuário para bebês e seus acessórios (de malha ou não), no segundo; e de peixes congelados, no terceiro.
Acumulado no ano cresce 1,8%
No acumulado no ano, frente a igual período do ano anterior, o setor industrial assinalou avanço de 1,8%, com resultados positivos em três das quatro grandes categorias econômicas, 17 dos 25 ramos, 55 dos 80 grupos e 56,4% dos 789 produtos pesquisados.
Entre as atividades, as principais influências positivas vieram de indústrias extrativas (3,2%), veículos automotores, reboques e carrocerias (6,3%), máquinas e equipamentos (10,0%), produtos químicos (4,7%) e metalurgia (5,1%), impulsionadas, principalmente, pela maior produção dos itens minérios de manganês, de ferro e de cobre e seus concentrados, óleos brutos de petróleo e gás natural, na primeira; automóveis, autopeças, veículos para o transporte de mercadoria e caminhões, na segunda; aparelhos de ar-condicionado de paredes, de janelas ou transportáveis (inclusive os do tipo “split system”), aparelhos elevadores ou transportadores para mercadorias, tratores agrícolas, ferramentas hidráulicas de uso manual, máquinas ou aparelhos para o setor agrícola, máquinas para limpeza e seleção de grãos, lingoteiras para fundição, bombas centrífugas e máquinas para colheita, na terceira; fungicidas e inseticidas (ambos para uso na agricultura), herbicidas para plantas e fertilizantes químicos das fórmulas NPK, na quarta; e barras, vergalhões, fio-máquina e outros produtos longos de aço relaminados, chapas, bobinas, fitas e tiras de aço relaminadas, zinco e ligas de zinco em formas brutas, bobinas a quente de aços ao carbono, ferronióbio, metais preciosos e suas ligas em formas brutas, tubos flexíveis e trefilados de ferro e aço e bobinas ou chapas de aços inoxidáveis, na última.
Outras contribuições positivas importantes vieram de produtos têxteis (11,8%), de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (9,0%), de produtos de metal (2,6%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (2,7%) e de produtos de borracha e de material plástico (1,5%).
Por outro lado, ainda no acumulado no ano, entre as sete atividades em queda, a de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-3,1%) exerceu a influência negativa mais intensa, pressionada, principalmente, pela menor produção de álcool etílico e de óleo diesel. Vale destacar também os impactos negativos registrados pelos setores de impressão e reprodução de gravações (-12,0%), de celulose, papel e produtos de papel (-1,7%) e de produtos alimentícios (-0,3%).
Entre as grandes categorias econômicas, o perfil dos resultados para os cinco primeiros meses de 2025 mostrou maior dinamismo para bens de consumo duráveis (10,0%), impulsionada, em grande medida, pela maior produção de automóveis (11,9%) e de eletrodomésticos da “linha marrom” (10,2%). Os setores produtores de bens intermediários (2,3%) e de bens de capital (1,9%) também assinalaram taxas positivas no índice acumulado do período janeiro-maio de 2025 e apontaram avanços mais elevados do que o verificado na média da indústria (1,8%). Por outro lado, o segmento de bens de consumo semi e não duráveis, ao recuar 1,2%, registrou a única taxa negativa no fechamento dos cinco primeiros meses do ano.
(*) Com informações do IBGE
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