A Polícia Rodoviária Federal (PRF) confirmou, em resposta ao Ofício nº 043/2025 do deputado federal Amom Mandel (Cidadania/AM), a ineficácia dos postos de fiscalização na BR-319. Essa rodovia é a única conexão terrestre entre Manaus (AM) e Porto Velho (RO), e o relatório enviado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública destaca a falta de presença estatal na área.
Os postos de fiscalização ao longo da BR-319 operam apenas de forma esporádica, sem funcionamento contínuo. A Unidade de Apoio (UAP) da rodovia, por exemplo, é utilizada ocasionalmente, evidenciando a ausência de uma fiscalização efetiva em uma região crucial para combater crimes ambientais, tráfico de drogas e transporte ilegal.
Além disso, a PRF apontou que a escassez de incentivos funcionais, como a não aplicação da “indenização de fronteira” aos servidores do Amazonas, dificulta a permanência dos agentes qualificados na região. Essa situação é considerada um dos principais obstáculos à presença efetiva na BR-319.
O deputado Amom Mandel já havia denunciado essa realidade com vídeos e registros feitos em fevereiro deste ano. Ele enfatizou que “essa é a única rodovia federal que conecta Manaus ao restante do país por terra”, ressaltando que “não ter policiamento fixo aqui expõe à negligência histórica do governo federal com a Amazônia”.
Dados recentes reforçam ainda mais essa gravidade: entre janeiro de 2024 e abril de 2025 foram apreendidos 265 m³ de madeira extraída ilegalmente e 11,5 toneladas de pescado irregular. Apesar dessas apreensões significativas, o órgão admite que sua atuação na rodovia ocorre apenas “pontualmente”.
Amom também destacou que essa omissão institucional compromete não só a segurança pública mas também as questões ambientais da Amazônia. ele afirmou: “Agora não se trata mais apenas uma denúncia política; trata-se do reconhecimento institucional do abandono da Amazônia”. O parlamentar pediu ações concretas por parte das autoridades competentes.
A PRF mencionou planos para reformar o posto em Humaitá e formar novos policiais; no entanto, não apresentou prazos ou cronogramas definidos para essas ações. A falta desse planejamento mantém um cenário preocupante quanto à segurança na BR-319 — uma situação classificada como “inadmissível” pelo deputado devido à importância estratégica dessa via.
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