quarta-feira, julho 2, 2025
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Polícia indicia professor que usou agulha para furar mais de 40 alunos

Foto: Reprodução/Pixabay

A Polícia Civil do Espírito Santo indiciou um professor acusado de furar 43 alunos durante uma aula prática de teste sanguíneo em uma escola estadual no município de Laranja da Terra. O caso ocorreu em março deste ano, e o inquérito foi concluído nesta terça-feira (1º).

Segundo a polícia, o professor cometeu o crime de expor a vida ou a saúde de outras pessoas a perigo direto e iminente, ao utilizar a mesma lanceta metálica em vários estudantes. O pai de uma das alunas relatou que o educador realizou uma aula prática para identificar o tipo sanguíneo dos alunos.

Investigação

Durante a investigação, o professor confirmou ter conduzido a atividade nos dias 13 e 14 de março de 2025, incluindo a observação de células sanguíneas em microscópio. Ele afirmou que higienizou as mãos e a lanceta apenas com álcool 70%, água destilada e água corrente. Algumas alunas relataram, durante depoimentos, que a agulha era limpa entre os usos.

O pai da aluna também relatou que dezenas de estudantes procuraram a Unidade Básica de Saúde do município para realizar testes rápidos, preocupados com a possibilidade de contaminação, uma vez que o procedimento contrariava protocolos de segurança sanitária.

A diretora da escola afirmou que o professor não tinha autorização da equipe pedagógica para realizar a aula prática, e que a instituição não possuía materiais descartáveis adequados. Além disso, destacou que os responsáveis legais dos estudantes não haviam autorizado a atividade.

Procedimentos

A coordenadora da Vigilância Epidemiológica informou que todos os alunos envolvidos e o professor foram submetidos a testes rápidos para sífilis, hepatites B e C, e HIV, além de exames sorológicos complementares. Todos os resultados foram negativos até o momento.

Mesmo sem comprovação de contaminação, o professor foi indiciado por criar uma situação de risco. “A reutilização da mesma lanceta em vários alunos, sem a devida esterilização, representa um perigo real e imediato de infecção”, explicou o delegado Guilherme Eberhard Soares.

A polícia concluiu que há provas suficientes da autoria e materialidade do crime. O inquérito foi encaminhado ao Poder Judiciário e ao Ministério Público para as providências legais.

(*) Com informações da CNN Brasil

Leia mais: Alunos vão parar no hospital após professor reutilizar agulha em aula

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