O senador Plínio Valério (PSDB-AM) voltou a criticar o governo federal durante pronunciamento no Senado na última quarta-feira (18). Ele denunciou um trecho da proposta da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2026 que, segundo ele, dispensa organizações não governamentais (ONGs) de devolver bens adquiridos com recursos públicos, mesmo em casos de desvio. O parlamentar classificou a medida como um incentivo à impunidade.
“O que está sendo aprovado é praticamente um estímulo ao desvio de verba pública. Se eu posso me beneficiar de recursos e não serei obrigado a devolver nada caso cometa irregularidades, o que me impede de agir de má-fé?”, questionou Plínio, ao citar reportagem do jornal O Estado de S. Paulo que corrobora suas críticas.
Além da LDO, o senador levantou suspeitas sobre uma licitação relacionada ao manejo florestal na Reserva do Juma, no interior do Amazonas. Segundo ele, uma empresa iniciou atividades de levantamento de espécies sem dialogar com as comunidades locais, o que contraria a exigência de audiência pública prevista no edital. Plínio afirmou que enviou denúncias ao Ministério Público Federal e ao Ministério do Meio Ambiente.
O parlamentar também relatou supostos abusos em fiscalizações ambientais conduzidas por órgãos como Ibama, ICMBio, Funai, Polícia Federal e Força Nacional em comunidades rurais do Norte do país. Ele alega que algumas operações ocorreram sem respaldo judicial e afirmou ter vídeos com relatos de violência, inclusive de pessoas em situação extrema de desespero. “Essas ações precisam ser investigadas. Se não há ordem judicial, são ilegais”, declarou.
Plínio afirmou que vai acionar o Judiciário para cobrar esclarecimentos e impedir que, segundo ele, “autoridades passem por cima dos direitos dos moradores da região”.
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