Manaus (AM) -O senador Plínio Valério (PSDB-AM) defendeu que o Brasil reaja com cautela ao novo tarifaço imposto pelos Estados Unidos. O parlamentar afirmou que a Lei da Reciprocidade é válida, mas criticou a ideia de replicar na mesma intensidade as sobretaxas aplicadas pelo presidente norte-americano Donald Trump.
“A reciprocidade deve ser usada em algum grau, agora, querer usar no mesmo grau que o Trump é muito arriscado”, alertou Plínio.
Tarifaço
A fala ocorre em meio à tensão diplomática entre Brasil e EUA, após Washington anunciar a imposição de tarifas sobre produtos como carne e café. A reação brasileira tem se apoiado na Lei da Reciprocidade, aprovada em abril, que permite sanções comerciais contra medidas unilaterais que afetem a competitividade do país.
Para o senador, além da questão comercial, há um componente político que não pode ser ignorado — sobretudo diante das acusações de interferência do STF e das implicações do ex-presidente Jair Bolsonaro nos desdobramentos da crise.
“Deixa o Congresso resolver. Nós somos maioria para conceder anistia [aos envolvidos no 8 de Janeiro, entre eles Bolsonaro]. O país tem tradição de anistia, tanto é que a presidente Dilma é anistiada, o Lula é anistiado…”, afirmou. “Joga para o Congresso que a gente resolve com essa questão da lei da anistia”, concluiu.
A declaração de Plínio Valério indica uma tentativa de recolocar o Congresso como mediador do conflito institucional que extrapola as barreiras comerciais. Ele defende que a solução para a crise, incluindo o debate sobre anistia, passe pelo Parlamento, e não fique exclusivamente com Executivo ou Judiciário.
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