A Polícia Federal, amazonas-reducao-de-51-nos-casos-notificados-nos-dois-primeiros-meses-de-2025/” title=”Dengue no …: Redução de 51% nos Casos Notificados nos Dois Primeiros Meses de 2025″>em parceria com o Ibama e a Frente de Proteção etnoambiental Vale do Javari da Funai, iniciou a operação “Nindaid Isquim” entre os dias 24 de abril e 1º de maio no Rio Jandiatuba e áreas adjacentes, localizadas no extremo oeste do Amazonas. O objetivo da operação é combater o garimpo ilegal que representa uma ameaça significativa para comunidades indígenas isoladas, ribeirinhas e ecossistemas únicos da Amazônia.
Nos primeiros dias de ação, as equipes conseguiram inutilizar 16 dragas e maquinários utilizados na atividade ilegal. Além disso, a Polícia Federal realizou diligências para coletar informações que servirão como base para futuras operações visando identificar líderes e financiadores do garimpo, bem como suas conexões com o crime organizado.
O Vale do Javari é a segunda maior terra indígena do Brasil, abrangendo cerca de 8,5 milhões de hectares.Essa região abriga a maior população mundial de indígenas isolados. Com nove grupos confirmados e cinco em estudo na área,aproximadamente 7 mil indígenas pertencem a etnias como matis,Matsés,Mayoruna entre outras. A presença crescente do garimpo ilegal coloca essas populações em risco devido à contaminação por mercúrio e provoca sérios prejuízos culturais.O garimpo ilegal se destaca como uma das principais ameaças socioambientais na Amazônia. Essa prática não apenas causa desmatamento severo e degradação dos ecossistemas locais mas também contamina rios com mercúrio — um veneno que afeta diretamente a saúde das comunidades indígenas e ribeirinhas.
Os povos indígenas isolados são particularmente vulneráveis; sem imunidade contra doenças externas e dependentes dos recursos naturais para sua sobrevivência diária. A expansão dessa atividade criminosa também alimenta conflitos territoriais violentos na região ao impulsionar o crime organizado além da exploração laboral em condições análogas à escravidão.
Em áreas protegidas como o Vale do Javari — onde se concentra um grande número de grupos isolados — as atividades ilegais ameaçam culturas ancestrais enquanto aumentam as pressões sobre terras garantidas constitucionalmente aos povos nativos. A fiscalização enfrenta desafios constantes devido ao difícil acesso às regiões afetadas pela mineração clandestina além da forte presença armada das organizações criminosas envolvidas nesse tipo de exploração.
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