A Organização Meteorológica Mundial (OMM),agência da ONU,divulgou em 28 de maio um relatório que alerta para um aquecimento global sem precedentes entre 2025 e 2029. O documento aponta para uma alta probabilidade de novos recordes anuais de calor, além do aumento significativo na ocorrência de eventos climáticos extremos como secas severas, enchentes e incêndios florestais. Essas mudanças representam riscos diretos à saúde humana, à economia e aos ecossistemas naturais.
Projeções do aquecimento global até 2029
O relatório da OMM indica que há 80% de chance de o planeta registrar pelo menos um novo recorde anual de temperatura durante os próximos cinco anos. Esse cenário inclui a intensificação dos fenômenos climáticos extremos, com impactos variados em diferentes regiões do mundo.
Temperatura média pode ultrapassar 2°C
Pela primeira vez,cientistas alertam para a possibilidade real de que a temperatura média global ultrapasse 2°C acima dos níveis pré-industriais antes de 2030,superando a meta mais ambiciosa estabelecida pelo Acordo de Paris,que busca limitar o aumento a 1,5°C.Em 2024, esse limite foi ultrapassado pela primeira vez em um ciclo anual completo – fato inédito nos últimos 175 anos desde o início das medições sistemáticas.
Impactos ambientais e socioeconômicos
O documento destaca que as consequências do aquecimento não se restringem ao meio ambiente. A saúde pública está ameaçada por ondas intensas de calor e desastres naturais frequentes. Além disso, as economias nacionais podem sofrer perdas significativas devido aos danos causados por eventos climáticos extremos. Os ecossistemas também enfrentam riscos graves caso as emissões globais não sejam reduzidas drasticamente.
Necessidade urgente por ações coordenadas
A OMM reforça que é fundamental implementar medidas urgentes e coordenadas internacionalmente para mitigar os efeitos das mudanças climáticas e evitar danos irreversíveis ao planeta.
Previsões regionais para os próximos anos
O relatório apresenta ainda projeções específicas para diferentes áreas geográficas:
- No Ártico, o aquecimento continuará ocorrendo em ritmo superior à média global; os invernos devem ser cerca de 3,5 vezes mais quentes comparados ao restante do planeta.
- A Floresta Amazônica poderá enfrentar períodos prolongados com menor volume pluviométrico.
- Regiões como sul da Ásia e Sahel devem observar aumento nas chuvas.
- O Norte da Europa tende a apresentar condições mais úmidas.
- Alasca e norte da Sibéria também deverão passar por alterações no regime das precipitações.
Essas mudanças regionais influenciam diretamente padrões climáticos globais importantes.
Mobilização internacional necessária
Ao concluir seu relatório, a Organização Meteorológica Mundial faz um apelo enfático à comunidade internacional: é imprescindível intensificar esforços para cumprir as metas estabelecidas no Acordo de Paris visando manter o aquecimento dentro dos limites seguros. A COP30 – prevista para ocorrer no Brasil - será uma oportunidade decisiva para revisar compromissos diante desse cenário preocupante.
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