sábado, outubro 11, 2025
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Notícias do Amazonas – Verão e chuvas elevam risco de dengue no Brasil

Com a chegada de dezembro e o início do verão, o Brasil enfrenta um cenário propício para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. Segundo a pesquisadora da Fiocruz e coordenadora do InfoDengue, Claudia codeço, o aumento das temperaturas acelera tanto o desenvolvimento do mosquito quanto a reprodução dos vírus. No último verão, o país registrou uma epidemia histórica de dengue com 6,5 milhões de casos prováveis entre janeiro e outubro de 2024 e mais de cinco mil mortes. Apesar da imunização natural contra os sorotipos 1 e 2 ser alta após essa explosão de casos, ainda há circulação do sorotipo 3 em algumas regiões, o que pode influenciar na dinâmica da doença na próxima temporada.

Impacto da dengue no Distrito Federal

O Distrito Federal foi uma das unidades federativas mais afetadas nos primeiros meses deste ano. foram registrados 161.299 casos prováveis entre janeiro e março – quatro vezes mais que todo o ano anterior – resultando em uma incidência superior a 5.700 casos por cem mil habitantes. Entre os dias 27 de outubro e 23 de novembro houve notificação gradual crescente: foram contabilizados quase mil casos só na última semana desse período.

Preparação para nova temporada

Claudia Codeço destaca que as autoridades estão mais preparadas para enfrentar este novo ciclo epidêmico graças à articulação intersetorial fortalecida e ao aprimoramento dos sistemas de vigilância em municípios antes pouco afetados pela doença. A Secretaria de Saúde do DF reforça as ações contínuas contra o Aedes aegypti com tecnologias como estações disseminadoras de larvicida, borrifação residual intradomiciliar e novos sistemas informatizados para monitorar as operações.

Cuidados essenciais no combate à dengue

A população tem papel fundamental na prevenção ao eliminar possíveis criadouros: evitar água parada em recipientes diversos; manter piscinas limpas; armazenar pneus e garrafas cobertos; tampar caixas d’água; além disso é importante colaborar com os agentes ambientais durante as visitas domiciliares diárias realizadas pela equipe local composta por mais de quinhentos profissionais.

Vacinação ainda limitada

Embora exista vacina contra a dengue como parte das estratégias preventivas,sua distribuição ampla está comprometida pela falta atual no estoque devido às limitações produtivas existentes no país. Por isso mesmo investir nas medidas básicas continua sendo essencial para controlar surtos futuros.

Sintomas da doença

Conforme explica Claudia Codeço, qualquer pessoa sem histórico prévio pode contrair dengue até quatro vezes diferentes devido aos quatro sorotipos existentes (1 ao 4). O estilo vida saudável não impede infecção mas pode influenciar na gravidade dos sintomas ou complicações associadas às comorbidades presentes no paciente.

Idade influencia manifestações clínicas

Pessoas idosas tendem a apresentar menos febre comparado aos jovens enquanto crianças frequentemente manifestam sintomas gastrointestinais atípicos que exigem atenção redobrada para diagnóstico precoce visando tratamento adequado imediato.

Conclusão

Mesmo diante dos avanços nas ações públicas contra a dengue neste verão brasileiro marcado pelo calor intenso típico dessa estação climática favorável à proliferação do vetor transmissor aedes aegypti é imprescindível manter cuidados básicos individuais aliados à colaboração comunitária constante especialmente nas regiões onde circula ainda o sorotipo três responsável por novos desafios epidemiológicos.

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