quarta-feira, outubro 8, 2025
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Notícias do Amazonas – Trump sugere ação militar para controlar Canal do Panamá e Groenlândia

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald trump, que assumirá o cargo no dia 20 deste mês, afirmou em entrevista coletiva nesta terça-feira que não descarta a possibilidade de uma ação militar para retomar o controle do Canal do Panamá ou da Groenlândia. Segundo ele, esses locais são estratégicos para os EUA por motivos de segurança econômica.

Possibilidade de ação militar para controle estratégico

Durante a coletiva, Trump declarou: “Posso dizer o seguinte: precisamos deles por motivos de segurança econômica. Não vou me comprometer com isso (descartar a ação militar). Pode ser que tenhamos que fazer alguma coisa.” Essa declaração reforça sua postura sobre uma possível expansão territorial dos Estados Unidos desde sua vitória nas eleições presidenciais em novembro.

O dilema do Canal do Panamá

No final do mês passado,Trump defendeu publicamente que os EUA deveriam reassumir o controle do Canal do Panamá. Ele classificou como “roubo” as taxas cobradas pelas autoridades panamenhas e ressaltou a importância estratégica da passagem entre os oceanos Atlântico e Pacífico. Para ele, o canal é um bem nacional vital para os Estados Unidos.

Trump criticou duramente as condições atuais: “Nossa Marinha e comércio foram tratados de forma muito injusta e imprudente.As taxas cobradas pelo Panamá são ridículas, altamente injustas, especialmente considerando a generosidade extraordinária concedida ao país.” O presidente eleito ainda afirmou que esse “roubo completo” será interrompido imediatamente caso assuma o governo.

Histórico e contexto geopolítico

em 1903,os EUA obtiveram controle sobre a área destinada à construção do Canal do Panamá – concluída em 1914 – com autoridade para usar força visando garantir sua neutralidade na passagem marítima utilizada anualmente por cerca de 14 mil navios. Em 1977,um acordo firmado pelo então presidente Jimmy Carter devolveu oficialmente o canal ao Panamá sob comando local em 1999; contudo manteve-se o direito americano de atuar na defesa da neutralidade da via navegável.

Analistas interpretam as declarações recentes como reflexo da preocupação americana diante da crescente presença chinesa na região. Dois portos situados nas extremidades do canal estão sob administração de empresas oriundas de Hong Kong. Apesar disso,Pequim não demonstrou interesse explícito em ampliar sua influência no local até agora.

Reação panamenha às declarações

José Raúl Mulino, atual presidente panamenho eleito em maio deste ano e defensor da aproximação com os EUA como prioridade governamental, respondeu às falas dizendo que “a soberania e independência” do país são inegociáveis frente às ameaças externas ou pressões internacionais.


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