Na noite de terça-feira (22), o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou um novo acordo comercial com o Japão, considerado por ele como um dos maiores já firmados. O pacto prevê tarifas recíprocas de 15% sobre produtos japoneses exportados para os EUA e inclui compromissos significativos de investimentos japoneses na economia americana. Essas informações são destaque nas principais notícias do Amazonas.
Durante seu pronunciamento no Salão Leste da Casa Branca, Trump ressaltou que o Japão se comprometeu a investir US$ 550 bilhões nos Estados Unidos e afirmou que os americanos receberão 90% dos lucros gerados pelo acordo, embora detalhes específicos sobre esses cálculos ainda não tenham sido divulgados oficialmente. Ele também destacou que a parceria abrirá mercados para produtos americanos como carros, caminhões, arroz e itens agrícolas.
Este anúncio foi o terceiro feito por Trump em um único dia envolvendo negociações comerciais com aliados estratégicos como União Europeia, Coreia do Sul e Índia. A iniciativa ocorre poucos dias antes do prazo estabelecido pelo próprio ex-presidente para a implementação de novas tarifas comerciais.
Negociações difíceis e avanços recentes
As conversas entre EUA e Japão foram marcadas por tensões nos últimos meses. Em junho, Trump chegou a afirmar que os negociadores japoneses eram “duros nas negociações”. Um ponto crítico foi a exportação de arroz americano: apesar da escassez enfrentada no Japão, o país mantém barreiras rígidas ao produto estrangeiro.
Segundo dados oficiais norte-americanos:
- O Japão importou US$ 298 milhões em arroz americano em 2023.
- Entre janeiro e abril deste ano foram US$ 114 milhões em importações desse produto.
No entanto, relatório recente da atual administração americana aponta que as regras para importação japonesa continuam altamente reguladas e pouco transparentes – dificultando o acesso dos produtores americanos ao mercado local.
Outro tema delicado envolveu veículos automotores. embora Trump tenha afirmado recentemente que o Japão não importa carros dos EUA, dados da associação de Importadores de Automóveis do país mostram uma compra significativa: 16.707 veículos americanos adquiridos em 2023.
Apesar das críticas anteriores à postura japonesa nas negociações comerciais, houve sinais positivos na última semana quando Scott Bessent – secretário do Tesouro americano – reuniu-se com o primeiro-ministro japonês shigeru Ishiba. Bessent destacou que é preferível alcançar um bom acordo comercial do que fechar algo apressadamente.
A economista Mary Lovely (Instituto Peterson) comentou ainda que esse novo pacto reduz riscos relacionados às tarifas elevadas anteriormente sugeridas por Trump (de até 25%),colocando assim o Japão numa posição mais competitiva frente aos demais fornecedores internacionais.
Importância estratégica do parceiro asiático
Diferentemente das parcerias recentes anunciadas com países como Indonésia ou Filipinas,essa relação comercial entre EUA e Japão tem grande relevância econômica global:
- Em 2023 as exportações japonesas aos Estados Unidos somaram cerca de US$ 148 bilhões,incluindo veículos automotores,peças industriais e máquinas.
- Os EUA exportaram aproximadamente US$ 80 bilhões ao mercado japonês no mesmo período; destacam-se petróleo bruto, gás natural liquefeito (GNL), medicamentos e equipamentos aeroespaciais.
Além disso:
- O Japão é atualmente maior credor estrangeiro dos Estados Unidos com cerca de US$1.1 trilhão investidos em títulos públicos americanos.
- Tem papel estratégico na disputa econômica entre Washington e Pequim; relatos indicam pressão americana para reduzir laços comerciais entre aliados asiáticos com a China antes da assinatura definitiva desses acordos bilaterais.
O novo entendimento segue uma linha semelhante ao firmado anteriormente pelos dois países em 2019 – quando ampliaram comércio livre tarifário para diversos setores produtivos importantes.
Moradores pedem melhorias na sinalização para reduzir acidentes na região central de Manaus próximo à Avenida Djalma Batista – importante corredor viário local -, reforçando demandas frequentes registradas pelas comunidades locais nos bairros Adrianópolis e Chapada.
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