segunda-feira, outubro 6, 2025
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Notícias do Amazonas – TCE-AM exige planejamento na transferência da rodoviária de Manaus

O Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM), atendendo a uma representação da Defensoria‍ Pública​ do Estado do Amazonas (DPE-AM),⁢ identificou ⁣irregularidades no processo de ‍transferência da rodoviária localizada na ‌avenida Djalma Batista​ para o Terminal T6, situado na Zona Norte de Manaus. ⁤Em decisão⁤ unânime, o TCE-AM determinou que a‌ Prefeitura de⁢ Manaus, por⁣ meio do ⁣Instituto⁤ Municipal de​ Mobilidade urbana (IMMU), ​elabore um plano detalhado para essa mudança, incluindo cronograma, ​medidas compensatórias e mecanismos que garantam os direitos dos trabalhadores e usuários durante toda⁢ a transição.

Decisão unânime exige planejamento detalhado

A Corte de Contas ressaltou a necessidade urgente de um planejamento ​adequado para assegurar ⁢uma transição organizada e segura. O plano​ solicitado deve conter não apenas o cronograma das ações, mas também estratégias específicas para ⁢apoiar os permissionários afetados pela mudança. Além disso, é⁢ fundamental garantir os direitos dos trabalhadores e usuários envolvidos no sistema de transporte intermunicipal.

Multa aplicada ao ex-gestor

O ⁣TCE-AM aplicou multa no valor de R$ 15⁣ mil ao ex-gestor do IMMU, Paulo ⁢Henrique do Nascimento Martins.Ele ⁢foi responsabilizado pela contratação da obra ⁣em 2023 avaliada em R$ 13,6 ⁣milhões. A contratação foi considerada irregular ⁢devido à​ elaboração deficiente do projeto básico⁤ – sem estudos adequados sobre acessibilidade e sem planejamento ​técnico ⁢suficiente.

Recomendações ⁤técnicas ‌para futuras alterações

O tribunal recomendou que qualquer⁣ modificação futura no​ sistema urbano ou intermunicipal seja⁤ precedida por estudos técnicos‍ comparativos rigorosos. Esses estudos devem avaliar critérios como⁢ viabilidade técnica, custo-benefício econômico, impacto socioeconômico e⁢ integração urbana. A análise precisa respeitar os princípios constitucionais da economicidade, eficiência e planejamento previstos na Constituição Federal.

Participação⁤ social como requisito essencial

Outro ponto destacado pelo TCE-AM é a ⁤importância da participação social efetiva⁢ nos processos decisórios relacionados à⁢ mobilidade urbana. Para isso são indicadas ⁢ações como conselhos deliberativos permanentes, audiências públicas regulares e consultas online abertas‌ à⁢ população – especialmente em projetos ⁣com grande ⁣impacto urbano – conforme previsto no Estatuto⁤ da Cidade e na Política​ Nacional de Mobilidade Urbana.

Falhas apontadas pela Defensoria Pública

De acordo com a‌ DPE-AM, o processo que resultou na transferência apresentou diversas ‌falhas ⁣estruturais e ‌procedimentais graves. Entre elas estão a ausência⁢ completa dos estudos ⁢técnico-operacionais ‌necessários para avaliar a viabilidade da mudança;⁣ além disso houve ‌inadequação às ⁤normas básicas⁤ relacionadas à acessibilidade física​ dentro do projeto básico apresentado ⁢inicialmente. Essas falhas colocaram⁤ em risco​ tanto permissionários quanto trabalhadores e usuários que dependem diretamente das operações da rodoviária.

Análise técnica insuficiente sobre​ o terminal T6

O relator responsável pelo ​caso no ‍tribunal foi ‌o conselheiro Érico Xavier Desterro e Silva. Após ⁢visita às obras realizadas no Terminal T6 ele constatou falta fundamentação técnica adequada⁤ para ⁤justificar sua escolha como novo ponto centralizador‌ dos transportes ‍intermunicipal,interestadual e internacional em Manaus.

Ele destacou especificamente:

  • Ausência de estudos atualizados;
  • Falta análises logísticas⁤ consistentes;
  • Carência fundamentos urbanísticos ‍comprovando capacidade operacional adequada;

Esses pontos evidenciam descumprimento ao dever legal administrativo relacionado ao planejamento público eficiente.

Objetivos finais da decisão judicial

A determinação ⁢visa corrigir as falhas ⁤anteriores garantindo maior segurança jurídica administrativa durante todo processo migratório entre terminais ‌rodoviários municipais; assegurando‍ também proteção⁤ aos direitos trabalhistas envolvidos bem como melhor ‌organização operacional voltada ‍aos usuários finais desse⁢ serviço público essencial.Conclusão

Com ⁤esta ​decisão histórica‍ emitida pelo Tribunal⁤ de Contas do Estado do Amazonas fica claro que mudanças significativas nos sistemas urbanos demandam responsabilidade técnica rigorosa aliada à ampla participação social popular visando transparência total nas decisões ‍públicas ⁢envolvendo⁢ mobilidade urbana em ​Manaus.

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