sexta-feira, dezembro 26, 2025
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Notícias do Amazonas – STF define limite de maconha para uso pessoal e tráfico

Após decidir pela descriminalização do ⁤porte de maconha para uso pessoal, o Supremo ‌tribunal Federal (STF) retomou nesta quarta-feira (26), em Brasília (DF), o julgamento para‍ definir a quantidade da droga que caracterizará o uso pessoal, com o​ objetivo ​de diferenciar usuários de traficantes. A decisão também‍ deve destravar cerca de 6 ⁤mil processos suspensos que aguardam posicionamento da Corte.

Definição da quantidade para uso pessoal

Pelos votos já manifestados, caso o STF opte por fixar um limite, ‌a medida deverá variar‌ entre 25 e 60 gramas ou até seis plantas fêmeas de ‍cannabis.Outra possibilidade é‍ estabelecer uma média que contemple todos os votos, situando-se ‍em torno de 40 gramas. A tese ⁤final será ‌concluída na​ sessão​ desta quarta-feira.

Impactos práticos da definição

Com essa definição, as autoridades terão um parâmetro claro para distinguir quem está portando maconha para consumo ⁣próprio daqueles envolvidos com tráfico. Isso facilitará a atuação ‌policial e judicial ao evitar confusões entre usuários ⁣e criminosos.

Consequências da descriminalização

Apesar‌ do porte ser descriminalizado pelo STF, ele permanece como comportamento ilícito ⁤- fumar maconha em público continua ​proibido. No entanto, ⁤as punições contra usuários passam a ter caráter​ administrativo, não⁤ mais criminal.

Mudanças nas penalidades

Com essa mudança:

  • Deixa de valer o registro como reincidência penal;
  • Não haverá mais cumprimento⁢ obrigatório de prestação de serviços comunitários;
  • Usuários flagrados com maconha para consumo ​próprio não serão ⁤tratados como criminosos;

Ainda assim, a decisão não impede que policiais realizem revistas durante patrulhamentos ou operações.

Esclarecimento ⁣sobre legalização

Durante a sessão realizada na terça-feira (25), o presidente ⁢do STF, ministro Luís Roberto Barroso, reforçou que​ esta decisão não equivale à legalização da maconha.O consumo segue sendo considerado conduta ​ilícita no Brasil.

Barroso destacou: “em nenhum momento estamos legalizando ou afirmando que consumir drogas é⁤ algo positivo. Estamos ⁤apenas buscando formas mais eficazes para enfrentar uma epidemia ⁢crescente no país.” Segundo ele, as estratégias atuais têm falhado porque tanto o⁣ consumo quanto o poder do tráfico ⁣continuam aumentando.

Contexto jurídico e entendimento do STF

O julgamento analisou a constitucionalidade do Artigo⁤ 28 da Lei nº 11.343/2006 (Lei de Drogas). Essa norma prevê penas alternativas aos usuários – como prestação de serviços comunitários‌ obrigatórios, advertência sobre os efeitos das drogas e participação em cursos educativos – sem pena privativa de liberdade.

Embora mantenha a criminalização formal dos usuários sob investigação⁤ policial‍ e processos judiciais⁢ voltados às penas alternativas previstas na lei, a maioria dos ministros‌ entendeu ⁣que essas punições devem ser consideradas administrativas e não criminais.


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