O Sindicato dos Médicos do Acre anunciou que solicitará à Comissão Nacional de Energia Nuclear uma vistoria em hospitais do estado após identificar suspeitas de vazamento de radiação em unidades de saúde. A denúncia surgiu após inspeções técnicas realizadas nas cidades de Feijó e Sena Madureira, onde foram constatadas irregularidades no isolamento dos aparelhos de raio-X, colocando em risco pacientes, profissionais e visitantes.Suspeita de vazamento em hospitais do Acre
Durante visitas técnicas às instalações hospitalares, o sindicato observou que as salas improvisadas com equipamentos de raio-X estavam funcionando sem o devido isolamento para conter a radiação. Segundo a entidade,essa falha pode expor pessoas a níveis perigosos da radiação emitida pelos aparelhos.
em nota divulgada na última sexta-feira (27), o sindicato informou ter encaminhado documentos ao Ministério Público Estadual, ao Conselho Regional de Medicina e à Secretaria Estadual de Saúde para alertar sobre a gravidade da situação. “A situação é considerada gravíssima”, destacou a entidade.
Risco também atinge prédio do Ministério Público
Além das unidades hospitalares, há suspeitas sobre o prédio do Ministério Público em Sena Madureira estar recebendo radiação secundária proveniente dos aparelhos instalados nas proximidades. Trabalhadores denunciaram ausência da barita – material usado para proteger contra radiações – nas paredes e falta de porta adequada no local.
O sindicato alerta que essa exposição pode resultar numa contaminação silenciosa, capaz de causar danos irreparáveis à saúde pública. A preocupação remete à tragédia com césio-137 ocorrida em Goiânia em 1987, reforçando a necessidade urgente da fiscalização.
Equipamentos mal posicionados aumentam riscos
Em Feijó, conforme relato da entidade médica, um aparelho portátil está armazenado no almoxarifado apontado diretamente para uma área provisória do hospital onde circulam pacientes e servidores. Essa configuração eleva o risco da exposição direta à radiação primária.
Outras denúncias indicam condições semelhantes na unidade hospitalar localizada em Manoel Urbano. Esses casos levantam dúvidas sobre a eficácia das medidas protetivas adotadas nos estabelecimentos públicos estaduais como um todo.
Conclusão: necessidade urgente por fiscalização rigorosa
Diante dessas evidências preocupantes sobre possíveis vazamentos radioativos nos hospitais acreanos e áreas próximas, torna-se imprescindível que órgãos competentes realizem inspeções detalhadas para garantir segurança aos usuários desses serviços essenciais.
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