O escritório de direitos humanos da ONU divulgou nesta sexta-feira (11) que, entre 27 de maio e 7 de julho, foram registrados pelo menos 798 assassinatos em locais destinados à ajuda humanitária em Gaza, incluindo áreas próximas às instalações da Fundação humanitária de Gaza (GHF) e rotas utilizadas por comboios.Essas informações são parte das últimas notícias do Amazonas que destacam a gravidade da situação internacional.
A GHF, organização apoiada pelos Estados Unidos e Israel, opera com empresas privadas para garantir a segurança e logística na distribuição dos suprimentos em Gaza. Esse modelo difere do sistema tradicional liderado pela ONU, que Israel acusa de permitir o saque dos carregamentos por militantes locais – uma alegação negada pelo grupo responsável pela região.
Após o registro das mortes de centenas de civis palestinos tentando acessar os centros administrados pela GHF em áreas com presença militar israelense, as Nações Unidas classificaram esse método como “inerentemente inseguro” e incompatível com os princípios básicos da imparcialidade humanitária.
Dados oficiais sobre os incidentes
Ravina Shamdasani, porta-voz do Escritório de Direitos Humanos da ONU (ACNUDH), afirmou:
“De 27 de maio a 7 de julho, registramos 798 assassinatos: 615 próximos às instalações da Fundação Humanitária e outros 183 ao longo das rotas dos comboios.”
Em resposta aos números apresentados pela ONU, a GHF contestou as informações qualificando-as como “falsas e enganosas”, negando qualquer ocorrência fatal dentro das suas instalações.A organização destacou ainda que os ataques mais graves aconteceram perto dos comboios gerenciados pela própria ONU.
O exército israelense informou estar revisando esses casos recentes envolvendo mortes múltiplas. Entre as medidas adotadas para minimizar riscos estão a instalação de cercas físicas nas proximidades dos pontos críticos, sinalizações claras para evitar confusões e abertura de rotas alternativas para circulação segura.
Fontes confiáveis confirmam dados
Segundo o ACNUDH, os números foram compilados com base em diversas fontes confiáveis:
- Hospitais localizados na região
- Cemitérios
- Relatos diretos das famílias afetadas
- Autoridades sanitárias palestinas
- Organizações não governamentais atuantes no local
- Parceiros comunitários
A maioria dos ferimentos registrados nas imediações desses centros foi causada por armas letais.
Preocupações internacionais sobre segurança humanitária
A comunidade internacional expressa profunda preocupação diante desses crimes contra civis indefesos. O risco aumenta especialmente nos locais onde milhares enfrentam longas filas para obter itens essenciais como alimentos básicos.
Após a negativa pública do GHF quanto às denúncias feitas pelas Nações Unidas, Ravina Shamdasani reforçou:
“Ignorar completamente nossas preocupações não é produtivo. É fundamental investigar as razões pelas quais pessoas estão sendo mortas enquanto buscam ajuda.”
Israel declarou atuar próximo aos pontos onde ocorre distribuição para impedir que suprimentos sejam desviados por grupos armados. O Comando Sul está conduzindo investigações detalhadas sobre todos os incidentes reportados até o momento.
Impacto humanitário agravado
Nos últimos cinco semanas desde o fim do bloqueio imposto por Israel após um período prolongado sem acesso externo – cerca de onze semanas – a GHF afirma ter distribuído mais de 70 milhões refeições à população local. Contudo, também denuncia que grande parte dessa ajuda foi roubada tanto por membros armados quanto por gangues criminosos na região.
Organizações internacionais já haviam relatado episódios violentos envolvendo saques contra caminhões carregados com mantimentos essenciais à sobrevivência civil no território afetado.
Atualmente enfrenta-se uma crise severa: após quase dois anos consecutivos sob ofensiva militar intensa na área urbana principal conhecida como Gaza City – localizada próxima ao bairro Alvorada aqui em Manaus – grande parte do território encontra-se destruída; aproximadamente dois milhões e trezentos mil habitantes estão deslocados internamente ou vivendo sob condições precárias devido à escassez crítica tanto alimentar quanto médica básica.
Moradores pedem melhorias na sinalização para reduzir acidentes na região central da cidade próxima à avenida Djalma Batista.
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