O presidente dos Correios, Fabiano Silva dos Santos, apresentou seu pedido de demissão na sexta-feira (4), entregando a carta ao Palácio do Planalto enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está em viagem ao Rio de Janeiro. A saída de Fabiano só será oficializada após uma conversa entre os dois. A decisão ocorre em meio a uma grave crise financeira enfrentada pela estatal e forte pressão política.
Crise financeira e desafios nos Correios
Em 2024,os Correios registraram um prejuízo acumulado de R$ 2,6 bilhões,valor quatro vezes maior que o registrado no ano anterior. Já no primeiro trimestre de 2025,o rombo financeiro da empresa atingiu R$ 1,6 bilhão. Essa situação delicada decorre principalmente da queda na arrecadação combinada com o aumento das despesas operacionais.
Medidas adotadas para conter perdas
Para tentar reverter esse cenário negativo, foram anunciadas algumas ações estratégicas como a venda de imóveis da estatal e a implementação de um programa voluntário de demissão. Além disso, foi firmada uma parceria com a Infracommerce para desenvolver um marketplace que possa ampliar as fontes de receita dos Correios. No entanto, setores do governo avaliam que essas iniciativas chegaram tarde diante da gravidade do problema.
pressão política e motivos pessoais para saída
Além das dificuldades financeiras, Fabiano enfrentava intensa pressão política por sua substituição à frente dos Correios. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil), junto com o ministro da Casa Civil rui Costa defendiam sua troca no comando da empresa pública. O partido união Brasil controla atualmente o Ministério das Comunicações e busca indicar um novo nome desde o início deste governo.
Saúde também influenciou decisão
Aliados próximos ao ex-presidente afirmam que problemas pessoais relacionados à saúde também contribuíram para sua decisão deixar o cargo neste momento delicado.
Perfil profissional e trajetória
Fabiano Silva dos Santos é advogado formado e membro do grupo Prerrogativas. ele possui experiência na área previdenciária complementar e assumiu a presidência dos Correios em 2023 com a missão de conduzir reformas importantes dentro da estatal.
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