Israel questiona dados, mas ONU e agências alertam para agravamento da fome em Gaza
A Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou que 63 pessoas morreram por desnutrição em Gaza durante julho de 2025, evidenciando uma crise humanitária grave no território. Apesar disso, autoridades israelenses contestam esses números, alegando falta de confiabilidade nas fontes utilizadas. Essa situação tem gerado debates intensos sobre a real dimensão da fome na região.
H2: Controvérsias sobre os números da desnutrição em Gaza
O primeiro-ministro israelense Benjamin netanyahu afirmou no dia 28 de julho que não existe “fome” nem “política de fome” em Gaza. A declaração foi feita durante um evento com uma emissora evangélica em Jerusalém e contrasta com diversos relatos provenientes do enclave palestino.
Agências humanitárias internacionais e especialistas apontam para uma crise alimentar severa, especialmente no norte de Gaza. A plataforma IPC (Classificação Integrada da Segurança Alimentar) indicou que os níveis de insegurança alimentar ultrapassaram limites críticos na maior parte do território, incluindo a cidade de Gaza – cenário considerado o pior possível por analistas.
H2: Dados oficiais e impacto na população local
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), das 74 mortes por desnutrição registradas até agora em 2025, 63 ocorreram somente no mês de julho, sendo 24 crianças menores de cinco anos e 38 adultos. O secretário-geral da ONU, António Guterres, reforçou que “os fatos são inegáveis” e classificou a situação como uma catástrofe humanitária sem precedentes.
Estudos recentes mostram que quase 20% das crianças menores de cinco anos estão gravemente desnutridas. Muitas famílias recorrem a medidas extremas para sobreviverem diariamente, como coletar lixo para se alimentar. Os centros médicos infantis estão superlotados; só em junho foram atendidas mais de 6.500 crianças com casos agravados ao longo do mês seguinte.
H3: Rejeição dos dados pelas autoridades israelenses
Apesar dos relatórios apresentados pela ONU e outras organizações internacionais, o governo israelense rejeita as estatísticas divulgadas por fontes ligadas ao Hamas – grupo político-militar presente na região – considerando-as pouco confiáveis. Nas redes sociais locais,apoiadores do governo replicam essa narrativa para desacreditar os relatos sobre a fome generalizada.
Imagens recentes mostrando mercados abastecidos foram usadas como argumento contra as denúncias; porém jornalistas locais confirmaram que esses alimentos têm preços inacessíveis à maioria dos moradores devido à inflação elevada. Além disso, itens básicos como carne vermelha, arroz ou leite continuam escassos nas prateleiras.
H2: Ajuda humanitária insuficiente diante da crise
os pedidos internacionais por ajuda continuam sem resposta adequada às necessidades reais da população gazense. Embora alguns países tenham enviado suprimentos via aérea ou terrestre nos últimos meses, as entregas são consideradas simbólicas pelas agências envolvidas.
Segundo estimativas oficiais da ONU:
- São necessárias cerca de 62 mil toneladas mensais para suprir as demandas mínimas;
- O volume atual está muito abaixo desse patamar;
- A escassez afeta diretamente bairros populosos próximos à Avenida Brasil e regiões centrais próximas ao Mercado Municipal;
Essa insuficiência agrava ainda mais o quadro social já fragilizado pela instabilidade política local.
Conclusão
A divergência entre dados oficiais internacionais e declarações governamentais gera dúvidas sobre o real cenário vivido pela população gazense neste momento crítico. Moradores pedem melhorias urgentes nos canais humanitários para garantir acesso efetivo aos alimentos básicos nas comunidades afetadas pelo conflito intenso na região norte do enclave palestino.
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