A presença e a diversidade de borboletas frugívoras, que se alimentam principalmente de frutos, amazonas-desemprego-cai-para-56-o-menor-indice-desde-2012/” title=”Notícias do … – Desemprego cai para 5,6%, o menor índice desde 2012″>são importantes indicadores do estado de conservação dos ecossistemas amazônicos. Um estudo recente realizado em seis Unidades de Conservação (UCs) do amazonas resultou na produção de seis guias ilustrados para identificação dessas borboletas, catalogando mais de 100 espécies. A pesquisa foi amparada pelo Programa Biodiversa da Fapeam e envolveu coleta, identificação e análise detalhada das espécies encontradas nas áreas protegidas.
Produção dos guias e metodologia da pesquisa
O estudo intitulado “Guias de borboletas frugívoras do Amazonas: informações para uso técnico, científico e social” abrangeu as UCs: Reserva Extrativista Arapixi, Parque Nacional Nascentes do Lago jari, Parque Nacional do Jaú, Parque Nacional dos Campos Amazônicos, Parque Nacional Mapinguari e Reserva Biológica do Uatumã. Foram registradas tanto espécies comuns quanto raras ou pouco documentadas na região.
A captura das borboletas ocorreu em duas campanhas anuais por meio de armadilhas com iscas atrativas. Os insetos coletados foram enviados para Manaus para identificação até o nível específico por taxonomistas especializados. Além disso, as amostras foram fotografadas com alta qualidade e depositadas em coleções entomológicas oficiais.
Colaboração técnica
O trabalho contou com o apoio logístico do Programa Monitora – ICMBio, que monitora anualmente a biodiversidade em diversas ucs federais nos biomas Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica há mais de uma década. os guias foram elaborados pelos doutores Isabela Freitas Oliveira (ICMBio) e Fabricio Beggiato Baccaro (ufam), que destacaram o potencial das espécies como bioindicadoras ambientais úteis para gestores públicos.
Estrutura dos guias ilustrados
Cada guia apresenta uma estrutura gráfica padronizada semelhante a uma coleção científica organizada por tópicos fixos. As diferenças estão nas espécies específicas encontradas em cada UC e nas informações locais sobre os ambientes estudados. O material foi pensado não apenas para gestores ambientais mas também para moradores locais e turistas interessados na biodiversidade regional.
Espécies crípticas identificadas
Um avanço importante da pesquisa foi a diferenciação das chamadas “espécies crípticas”, aquelas muito semelhantes visualmente entre si. Essa distinção facilita o trabalho prático dos monitores ambientais, entusiastas da natureza e jovens pesquisadores no reconhecimento correto dessas borboletas.
Diversidade regional das borboletas frugívoras
Cada Unidade de Conservação possui características ambientais únicas que influenciam diretamente a composição das tribos e espécies presentes nas áreas protegidas. Entre as mais comuns estão Catonephele acontius, Nessaea obrinus, Pseudeuptychia herseis, Opsiphanes invirae e Taygetis sosis – todas amplamente distribuídas pela Amazônia brasileira.
Por outro lado foram registradas raramente algumas espécies pouco documentadas anteriormente ou sem fotografias coloridas disponíveis publicamente: Eunica amelia (fêmea), Hamadryas alicia , Hamadryas belladonna e Taygetis oyapock.
Conclusão
Este conjunto inovador de guias contribui significativamente para suprir uma lacuna no conhecimento sobre as borboletas frugívoras amazônicas ao oferecer material gratuito com fotografias detalhadas voltado à conservação ambiental local.A iniciativa reforça o papel fundamental da ciência aplicada no monitoramento ecológico sustentável no Amazonas.
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