quinta-feira, outubro 30, 2025
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Notícias do Amazonas – Nova linhagem do Sars-CoV-2 detectada em três estados brasileiros

Uma nova linhagem do vírus Sars-CoV-2, ​denominada XEC e ⁣pertencente à variante‍ Omicron,⁤ foi identificada no Brasil nas cidades do ​Rio de⁢ Janeiro, São Paulo e Santa Catarina. A descoberta ocorreu⁢ em amostras coletadas entre agosto e setembro de 2024, com os ‌primeiros ⁤casos detectados em pacientes ⁤da capital ⁢fluminense. O Instituto Oswaldo⁣ Cruz (IOC/fiocruz) liderou a⁤ identificação por meio⁤ do seu ⁤Laboratório de Vírus Respiratórios, que ​atua como referência nacional ‍para o monitoramento⁢ do vírus junto ao Ministério ‍da Saúde e⁢ à Organização Mundial da Saúde ⁤(OMS).

Descoberta e divulgação⁢ da linhagem XEC

O primeiro registro da variante XEC no Brasil foi feito pelo IOC/Fiocruz em amostras de dois pacientes ⁢diagnosticados com covid-19 na cidade do Rio de‌ Janeiro durante setembro.Após a confirmação ⁤genética realizada pelo Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e⁢ Emergências⁤ Virais do IOC, as informações foram rapidamente comunicadas às secretarias‍ Estadual e Municipal⁣ de⁢ Saúde ‌do Rio. As sequências genéticas foram disponibilizadas na‍ plataforma Gisaid nos dias 26​ de setembro e 7 de outubro.

Posteriormente, outros grupos científicos também depositaram genomas dessa linhagem obtidos em ⁢São Paulo – a ‍partir de amostras coletadas em ‌agosto – e Santa Catarina – com duas amostras recolhidas em setembro.

Monitoramento internacional⁢ e nacional da variante

A​ OMS classificou a XEC como uma variante sob monitoramento no dia 24 de setembro ‍devido⁢ às mutações suspeitas que podem alterar o comportamento viral. ⁣Essa classificação ‌ocorre ‍quando há indícios iniciais que indicam uma‍ possível vantagem competitiva ⁣frente a outras variantes circulantes.

A cepa chamou atenção inicialmente na Alemanha entre junho e julho deste ano pela crescente ‌detecção ‍dos casos.‍ Desde então, espalhou-se⁤ rapidamente por diversas regiões: Europa, Américas, Ásia e Oceania. Até 10 outubro foram registradas ⁢mais de 2.400‍ sequências genéticas dessa linhagem distribuídas por pelo menos 35 ⁢países.

Segundo Paola Resende, pesquisadora responsável pela análise no IOC/Fiocruz: “Dados ‍internacionais sugerem que a XEC ‍pode ser mais transmissível que outras variantes; ‍contudo é ‍fundamental acompanhar ‍seu comportamento específico no Brasil.” Ela ressalta ⁢ainda que ‍o impacto local ⁣pode variar ‌devido à ⁤diferença ‌na memória ⁣imunológica das populações brasileiras comparada àquela observada fora​ do país.

Estratégia brasileira⁢ para vigilância ​genômica

No‌ Brasil, a detecção ‍ocorreu dentro da ‌ampliação ​das ações para sequenciamento dos genomas virais realizadas entre agosto e setembro⁤ na capital fluminense com apoio direto ​da Secretaria Municipal de Saúde ⁣do⁢ Rio. Durante três semanas ⁢houve coleta sistemática por swab nasal nas unidades ‍básicas ​para envio ao⁣ laboratório referência após testes rápidos positivos.

Apesar ​da⁤ presença ⁢confirmada da variante XEC nesse monitoramento ampliado, prevalece ainda majoritariamente no país desde o final do⁣ ano passado a linhagem JN.1.

Paola destaca: “Essa iniciativa permitiu entender melhor ⁢o cenário ‌epidemiológico local diante dos recentes aumentos⁤ leves nos diagnósticos.” Ela alerta sobre o enfraquecimento atual das⁢ coletas para vigilância genética em vários estados brasileiros devido ‌à redução ‍das remessas regulares ao laboratório central.

Importância contínua do acompanhamento genômico

A pesquisadora reforça que manter ​um sistema homogêneo nacional é essencial não só para ⁣avaliar os efeitos⁢ potenciais desta nova variante mas ‌também ⁢para identificar precocemente ⁤outras possíveis ​mutações capazes modificar significativamente o quadro epidemiológico brasileiro.

Além disso, ‍os dados gerados são fundamentais‍ para orientar ajustes nas formulações vacinais contra covid-19‌ adotadas globalmente pela OMS através dos seus grupos técnicos consultivos semestrais – sendo ⁤recomendação recente baseada na linhagem JN.1 ‌até ‌dezembro deste ​ano.

Origem genética da variante XEC

Estudos indicam que essa nova cepa surgiu por recombinação genética entre duas variantes previamente circulantes – fenômeno comum ‌quando‌ um indivíduo é ⁤infectado ⁢simultaneamente por diferentes linagens‌ virais permitindo troca parcial dos seus ‌genomas durante replicação viral.

O material genético analisado mostra segmentos provenientes das linhagens KS.1.1 e KP.3.3 ‌combinados com mutações adicionais ⁣possivelmente associadas ao​ aumento potencial na capacidade ⁣disseminativa dessa cepa.

Conclusão

Diante desse cenário dinâmico ‌envolvendo novas variantes⁢ como a XEC é imprescindível fortalecer ⁢as ações ‍locais voltadas à ⁤vigilância epidemiológica integrada aos esforços nacionais visando garantir respostas rápidas às mudanças no perfil viral brasileiro.Acompanhe as atualizações da matéria e outras reportagens‍ relevantes no Portal notícias⁤ do Amazonas e fique​ sempre‌ bem informado com as notícias de Manaus e região!

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