A Bacia do Rio Madeira enfrenta uma seca intensa, com níveis históricos baixos registrados em diversas estações de monitoramento no estado de Rondônia.Na segunda-feira (23), a cota do rio em Porto velho atingiu 25 centímetros, o menor valor desde o início da série histórica em 1967. Apenas a estação de guajará-Mirim apresenta níveis dentro da faixa considerada normal para o período. As informações são divulgadas pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB) por meio da plataforma SACE.
Situação crítica na Bacia do Rio Madeira
O cenário atual indica que todas as estações da bacia estão abaixo da faixa de normalidade para o período, exceto Guajará-Mirim (RO).Em Nova Mamoré, na estação Jirau-Jusante beni, foi registrada uma mínima histórica de 8,79 metros. Morada Nova, em Porto Velho, apresenta 6,91 metros – a segunda menor cota já observada desde 1998. Já Ji-Paraná registra 6,08 metros no Madeira, também a segunda menor marca histórica após os 6,02 metros registrados em 2021.
Projeções e impactos futuros
Segundo as projeções do SGB não há expectativa de recuperação dos níveis nos próximos dias. O pesquisador Marcus Suassuna explica que as chuvas só devem melhorar após o dia primeiro de outubro e que os níveis podem permanecer baixos por cerca de vinte dias até que essa água chegue à região monitorada em Porto Velho. além disso, as vazões continuam reduzidas na cabeceira da bacia localizada na Bolívia.
Monitoramento e ações preventivas
O Serviço Geológico do Brasil divulga boletins às terças e sextas-feiras com dados atualizados sobre os níveis dos rios na região. Desde março deste ano são realizadas reuniões institucionais para compartilhar previsões sobre a seca acentuada no Madeira e apoiar decisões voltadas à mitigação dos impactos causados pela crise hídrica.
estudos para abastecimento público
Além das análises hidrológicas regulares, estudos têm sido conduzidos para identificar locais adequados à perfuração de poços destinados ao abastecimento público nas áreas afetadas pela seca severa. Atualmente existem mais de quatro mil poços cadastrados no Sistema de Informações sobre Águas Subterrâneas (Siagas) no estado.
Parceria institucional e tecnologia aplicada
O monitoramento é realizado por meio das estações telemétricas e convencionais integradas à Rede Hidrometeorológica Nacional coordenada pela Agência Nacional das Águas (ANA). O SGB opera cerca de oitenta por cento dessas estações gerando dados essenciais para prevenção contra desastres naturais e gestão eficiente dos recursos hídricos.
As informações coletadas automaticamente ou via observação manual com réguas linimétricas são disponibilizadas pelo Sistema Nacional de Informações sobre Recursos Hídricos (SNIRH) antes da publicação oficial na plataforma SACE.
Acompanhe as atualizações da matéria e outras reportagens relevantes no Portal Notícias do Amazonas e fique sempre bem informado com as notícias de Manaus e região!
