A 14ª Vara Criminal da Justiça de São Paulo condenou Elisabeth Morrone por crimes relacionados a preconceito de raça ou cor contra o humorista e cantor Eddy Junior. A decisão, tomada em primeira instância e mantida em sigilo, gerou apelação da defesa de Morrone nesta quinta-feira (6). O caso envolve um conflito entre vizinhos ocorrido em um condomínio na Barra Funda, zona oeste da capital paulista.
Conflito entre vizinhos no condomínio
Elisabeth Morrone e Eddy Junior moravam em apartamentos no mesmo andar do condomínio. Em uma madrugada, os dois se desentenderam após elisabeth se recusar a entrar no elevador junto com Eddy. No vídeo gravado por ele, ela profere ofensas agressivas que indicam racismo. A mulher estava desacompanhada e não explicou o motivo da negativa.
Desdobramentos judiciais
O episódio resultou em dois processos distintos: um encerrado em outubro do ano passado que culminou na expulsão de Elisabeth do condomínio e na condenação ao pagamento de indenização; outro tramitado na 14ª Vara Criminal que levou à sua condenação por ofensa racista.
Repercussão pública e manifestações
No mesmo dia do ocorrido, 20 de outubro de 2022, Eddy publicou um vídeo editado com as ofensas proferidas pela vizinha. O fato motivou um protesto contra o racismo realizado no prédio onde residem, reunindo algumas dezenas de pessoas que entoaram palavras de ordem contrárias ao preconceito racial.
Imagens envolvendo mãe e filho
Em registros visuais divulgados durante o processo aparecem Elisabeth junto com seu filho Marcos Vinicius no corredor do apartamento de Eddy.ambos seguravam objetos; Marcos portava uma faca durante a situação.
Defesa dos acusados
A Agência Brasil entrou em contato com os advogados das partes envolvidas.José Beraldo representa os Morrone e afirmou que Marcos possui transtornos mentais comprovados por perícia aceita nos autos judiciais. Segundo ele, já existia uma rivalidade anterior entre as famílias motivada por provocações feitas por Eddy Junior.
Argumentos da defesa
O advogado contestou as acusações afirmando que a vítima teria criado uma narrativa falsa para se beneficiar da situação, qualificando-o como alguém que se vitimiza injustamente. Beraldo negou ainda qualquer manifestação racista pelos seus clientes e destacou como positivo o fato de mãe e filho permanecerem livres apesar das decisões desfavoráveis nos processos judiciais.
Os representantes legais do cantor não responderam às tentativas recentes para contato pela imprensa local até o momento desta publicação.
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