O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a abertura de uma investigação autônoma para apurar ofensas dirigidas ao ministro Flávio Dino. A decisão foi tomada após pedido da Polícia Federal (PF), que identificou ameaças e mensagens ofensivas contra Dino em diversas redes sociais. Para avançar nas investigações, Moraes ordenou que as empresas Meta, TikTok e youtube forneçam dados cadastrais de perfis suspeitos no prazo máximo de 48 horas. O caso está relacionado ao inquérito das milícias digitais, que apura a atuação organizada de grupos criminosos com forte presença na internet.
Investigação sobre as ameaças a Flávio Dino
A solicitação para abertura da nova investigação surgiu após Flávio Dino protocolar representação junto à polícia Federal no início de setembro. As ameaças aumentaram depois do voto do ministro favorável à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados em processo sobre tentativa de golpe. A PF constatou mais de 50 publicações ofensivas feitas por diferentes pessoas em várias plataformas digitais.
Conexão com o inquérito das milícias digitais
A Polícia Federal identificou ligação entre as mensagens ofensivas e o grupo investigado no inquérito das milícias digitais, caracterizado pela existência de uma organização criminosa com núcleos dedicados à produção, publicação e financiamento dessas ações ilegais. Segundo Moraes, os fatos relatados estão diretamente relacionados aos objetivos dessa investigação maior.
Perfil das ameaças
As publicações analisadas incluem xingamentos contra ministros do STF e familiares, incitações a ataques físicos e até estímulos à destruição do prédio da Corte Suprema. Além disso, há menções frequentes a eventos recentes ocorridos no Nepal – país asiático marcado por instabilidade política – sugerindo um padrão coordenado nas mensagens hostis.
Atuação da Polícia Federal na identificação dos responsáveis
A PF atua para identificar os autores das postagens agressivas visando coibir novas manifestações que possam resultar em violência ou intimidação contra agentes públicos como Flávio Dino e o delegado Fábio Shor.
Gravidade das condutas individuais
Segundo relatório da corporação, as ameaças direcionadas nominalmente aos alvos agravam ainda mais a situação por ampliar o potencial intimidatório dessas ações criminosas. Isso prejudica o exercício independente dos cargos públicos afetados ao gerar temor real nas vítimas.
Medidas adotadas pelo STF
Atendendo à recomendação da PF devido às conexões encontradas com as milícias digitais, Alexandre de Moraes instaurou petição específica para investigar separadamente essas ameaças contra Dino dentro do âmbito judicial apropriado.
Contexto internacional: referência ao Nepal nas mensagens
As constantes alusões aos acontecimentos recentes no Nepal presentes nos conteúdos ofensivos remetem às manifestações violentas naquele país relacionadas a denúncias anticorrupção e restrições temporárias às redes sociais locais. Esses episódios resultaram em confrontos fatais, renúncia política importante e incêndios em prédios públicos.
Exploração desse cenário na incitação brasileira
Na avaliação do ministro Alexandre de moraes,esse contexto externo tem sido utilizado como argumento ou inspiração para discursos violentos dentro do Brasil – especialmente aqueles voltados contra instituições democráticas como o STF – aumentando os riscos já existentes no ambiente político nacional.
Diante desse quadro preocupante envolvendo ataques virtuais coordenados contra autoridades públicas brasileiras ligados às investigações sobre milícias digitais é fundamental acompanhar atentamente os desdobramentos judiciais dessa nova fase investigativa determinada pelo Supremo Tribunal Federal.
Acompanhe as atualizações da matéria e outras reportagens relevantes no Portal Notícias do Amazonas e fique sempre bem informado com as notícias de Manaus e região!