Ministros do Turismo e do Esporte reafirmam lealdade ao presidente da República e enfrentam reações de seus partidos do centrão
O ministro do Turismo, celso Sabino (União Brasil), e o ministro dos Esportes, André Fufuca (PP), decidiram manter seus cargos no governo federal mesmo após orientações contrárias de suas respectivas siglas. As decisões geraram punições internas nos partidos, que exigiam a saída dos filiados que ocupassem cargos no Executivo. Os episódios ocorreram entre os dias 6 e 8 deste mês, envolvendo posicionamentos públicos dos ministros em meio a tensões políticas.
A seguir,confira os detalhes sobre as ações dos partidos União Brasil e Progressistas diante da postura de seus ministros.
União Brasil afasta Celso Sabino após decisão de permanecer no governo
Em setembro, o União Brasil estabeleceu um prazo de 30 dias para que todos os membros da legenda com cargos no Executivo deixassem suas funções. Apesar disso, Celso Sabino anunciou inicialmente sua intenção de renunciar ao cargo por meio de uma carta entregue ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O chefe do Executivo solicitou que ele permanecesse à frente da pasta por mais tempo.
No entanto,na manhã desta quarta-feira (8),Sabino voltou atrás e confirmou sua permanência como ministro do Turismo.Em conversa com jornalistas antes da reunião executiva do partido, destacou: “Pelo bem do turismo, pelo avanço dos serviços realizados em todo o país – especialmente pelo povo do Pará e pela realização da COP30 – vou continuar no governo.”
Como consequência dessa decisão contrária à orientação partidária, o União Brasil decidiu afastar oficialmente Celso Sabino das atividades internas da legenda.
Progressistas aplicam sanções a André Fufuca por desobediência partidária
O PP também reagiu firmemente contra seu membro que optou por não deixar o cargo ministerial conforme solicitado pela direção nacional. Em nota divulgada pelo presidente Ciro Nogueira nesta quarta-feira (8), foi anunciado o afastamento imediato de André Fufuca das decisões partidárias nacionais e sua destituição como vice-presidente nacional.
Além disso, a direção nacional promoverá intervenção no diretório estadual maranhense para retirar Fufuca do comando local da legenda. A nota reforça ainda que o partido não fará parte deste governo**, pois não compartilha identificação ideológica ou programática com ele.
Fufuca já havia sinalizado sua intenção de permanecer na pasta durante evento realizado em Imperatriz (MA) na segunda-feira (6). Em publicação nas redes sociais afirmou ter fidelidade “primeiramente ao povo que confiou seu voto” e declarou estar “lado a lado com Lula”, ressaltando que seu trabalho está acima das disputas internas partidárias.
Contexto político: tensão entre ministérios alinhados ao centrão
As medidas adotadas pelos partidos refletem um momento delicado dentro das legendas tradicionais aliadas ao governo federal. A determinação para retirada imediata dos filiados em cargos executivos visa preservar coerência política interna diante das negociações governamentais atuais.
Por outro lado, os ministros reafirmaram publicamente compromisso prioritário com as demandas sociais representadas pelos seus mandatos ministeriais – especialmente projetos estratégicos como a COP30 para o turismo brasileiro ou programas habitacionais vinculados aos esportes regionais.
Conclusão
A situação envolvendo Celso Sabino e André Fufuca evidencia conflitos internos nas siglas centristas enquanto ambos mantêm apoio direto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para continuar atuando nos respectivos ministérios. Essa dinâmica política merece acompanhamento atento devido às possíveis repercussões nas articulações governamentais futuras.
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