Morreu na madrugada desta segunda-feira (6) Lauane da Silva, de três anos, terceira vítima de envenenamento em uma família da cidade de Parnaíba, no norte do Piauí. A criança estava internada no hospital de Urgência de Teresina (HUT) desde a última quarta-feira (1º), após consumir arroz contaminado com uma substância tóxica. O caso envolve nove pessoas da mesma família que foram intoxicadas pelo pesticida terbufós, conhecido popularmente como “chumbinho”.
Investigação e confirmação do envenenamento
De acordo com o laudo da Polícia Científica do Piauí,foi detectada a presença do terbufós,um pesticida altamente tóxico proibido para uso doméstico no Brasil. O delegado Abimael Silva,responsável pela investigação,confirmou que a substância foi encontrada no arroz consumido pela família.
Substância encontrada
O terbufós é um agrotóxico autorizado apenas para uso agrícola em culturas como cana-de-açúcar, amendoim e feijão, sob regulamentação do Ministério da agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Seu efeito paralisa o sistema nervoso das pragas causando morte rápida. No entanto, quando usado incorretamente pode ser fatal para humanos e animais.
Alimentos analisados
Os alimentos ingeridos pela família foram apreendidos pela polícia civil para análise pericial. Entre eles estão um baião de dois – prato típico nordestino feito com arroz e feijão – além dos peixes recebidos por doação no dia 31 de dezembro.
Impacto na família e quadro clínico das vítimas
No total, nove integrantes da família foram intoxicados após consumirem o arroz preparado com sobras do Réveillon.
Óbitos registrados
O primeiro a falecer foi Manoel Leandro da Silva,18 anos,que morreu ainda na ambulância do Serviço Móvel de Atendimento Médico de Urgência (Samu). em seguida morreu Igno Davi da Silva, bebê de 1 ano e 8 meses, pouco depois de dar entrada no hospital.
Pacientes internados e alta médica
Permanecem internadas Francisca Maria da Silva, 32 anos – mãe das crianças Lauane e Igno Davi – no Hospital Dirceu Arcoverde (Heda), em Parnaíba; além da irmã mais velha de Lauane, 4 anos, que está no Hospital de Urgência de Teresina.
Receberam alta Francisco de Assis Pereira da Costa, 53 anos – padrasto dos primeiros óbitos – uma criança de 11 anos filha dele; uma adolescente de 17 anos irmã dos falecidos; além de Maria Jocilene da Silva, 32 anos.
Histórico familiar e andamento das investigações
este não é o primeiro episódio grave envolvendo essa família: em agosto deste ano duas crianças morreram por envenenamento após consumirem cajus contaminados.
Esclarecimentos do delegado
O delegado abimael Silva afirmou que ainda não há ligação confirmada entre os casos atuais e os ocorridos em agosto até a conclusão dos laudos periciais. A suspeita responsável pela entrega dos cajus contaminados está presa.
Prazo para conclusão do inquérito
O inquérito policial tem prazo inicial de 30 dias para ser concluído podendo ser prorrogado conforme necessidade das investigações.
Este trágico episódio reforça a importância do controle rigoroso sobre o uso e armazenamento de substâncias tóxicas para evitar intoxicações acidentais ou criminosas.
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