A técnica de enfermagem que participou do atendimento da criança também compareceu à delegacia para prestar depoimento. Conforme relato do delegado Marcelo Martins, a equipe policial já ouviu os profissionais envolvidos no caso e segue investigando as circunstâncias que culminaram na morte do menino Benício Xavier Freitas, de 6 anos, ocorrida no dia 23 após a administração de adrenalina diretamente na veia durante o atendimento médico.
O depoimento da técnica de enfermagem é parte fundamental para esclarecer o ocorrido. Segundo uma testemunha presente no local, foi ela quem chamou a médica Juliana Brasil Santos assim que Benício apresentou sinais de piora. No entanto, conforme informado pelo delegado, a médica teria demonstrado falta de urgência ao atender a criança. O pai da vítima relatou que a profissional “não queria nem se levantar da mesa” e só foi até o paciente após insistência.
Durante esse momento crítico em que Benício começou a passar mal, ainda segundo o delegado Marcelo Martins, não houve demonstração imediata de pressa por parte da médica. Essa postura pode indicar indiferença diante da situação grave vivenciada pela criança e está sendo avaliada como possível dolo eventual pela polícia.
Depoimentos e investigação em andamento
A presença tanto da médica quanto da técnica de enfermagem na delegacia reforça o compromisso das autoridades em ouvir todos os envolvidos para compreender as versões apresentadas sobre os fatos. A equipe policial já coletou diversos documentos hospitalares e vários depoimentos foram registrados para auxiliar nas investigações.Habeas corpus preventivo concedido
O delegado também informou que Juliana Brasil Santos recebeu um habeas corpus preventivo durante as apurações, impedindo sua prisão enquanto durar o processo investigativo. Apesar disso, as diligências continuam normalmente com base nas solicitações do Ministério Público.
Suspeita formalizada sobre negligência
Além dos relatos sobre falta de urgência no atendimento médico à criança após receber medicação, há uma apuração oficial sobre possível negligência por parte dos profissionais envolvidos. A polícia trabalha para identificar se houve falhas graves ou omissões durante todo o procedimento realizado no Hospital Santa Júlia.
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