domingo, outubro 26, 2025
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Notícias do Amazonas – Mauro Cid retorna à PF para novo depoimento na terça-feira (19)

O tenente-coronel do exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, firmou um acordo de colaboração premiada após ser preso em maio de 2023 durante a Operação Venire, que investiga fraudes em certificados de vacinação contra a covid-19. ele prestará novo depoimento à Polícia Federal (PF) em Brasília na próxima terça-feira (19). Além das irregularidades relacionadas às vacinas, Cid também colaborou com investigações sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado e está envolvido no esquema que envolve a venda de joias e presentes entregues ao ex-presidente por autoridades estrangeiras.Colaboração premiada e prisão

Mauro Cid foi detido inicialmente no dia 3 de maio de 2023 por sua participação na inserção fraudulenta de dados falsos nos sistemas do Ministério da Saúde referentes à vacinação contra a covid-19. Ele permaneceu preso em um batalhão da Polícia do Exército, em Brasília, até setembro daquele ano. Em 9 de setembro, firmou o acordo com a PF e foi liberado por decisão do ministro alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O advogado Cezar Bittencourt afirmou que não há preocupação quanto à reavaliação desse acordo pela defesa. Segundo ele, é comum surgirem novas informações durante o inquérito que levam as autoridades a ouvir novamente os investigados. Contudo, caso seja constatado descumprimento das obrigações previstas no pacto pela PF, poderá haver pedido para rescindir os benefícios concedidos ao militar – sem anular as declarações já prestadas.

Investigações sobre golpe e esquema envolvendo joias

As apurações indicam que Bolsonaro e membros próximos ao seu governo teriam elaborado uma minuta contendo medidas contra o Poder Judiciário – incluindo prisões dos ministros da Suprema Corte – além da promoção sistemática da divulgação falsa sobre o sistema eleitoral brasileiro. Mensagens encontradas no celular do tenente-coronel revelam que mesmo diante dos relatórios oficiais garantindo segurança às urnas eletrônicas houve continuidade na elaboração dessa minuta.

Além disso, Mauro Cid está implicado num esquema relacionado à venda ilegal das joias e presentes recebidos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro durante encontros com autoridades estrangeiras.

Prisão preventiva e liberdade provisória

Em março deste ano, Mauro Cid voltou a ser preso sob acusação descumprir medidas cautelares impostas anteriormente e obstrução da Justiça. Na ocasião foram divulgados áudios nos quais ele critica o relator dos casos no STF Alexandre de Moraes e afirma ter sido pressionado pela PF para delatar fatos desconhecidos ou inexistentes.

Posteriormente ele foi solto novamente em maio mediante liberdade provisória concedida pelo ministro Alexandre de Moraes. O próprio ministro decidiu manter válido o acordo firmado entre Mauro Cid e as autoridades após confirmação das informações apresentadas pelo militar durante audiência realizada quando esteve detido.

Conclusão

A colaboração premiada firmada por Mauro Cid tem papel central nas investigações envolvendo fraudes nos certificados vacinais contra covid-19 bem como nas apurações relacionadas à tentativa frustrada golpe institucional durante o governo Bolsonaro. Acompanhe as atualizações desta matéria para entender os desdobramentos desse caso complexo que envolve figuras importantes da política nacional.Acompanhe as atualizações da matéria e outras reportagens relevantes no Portal Notícias do Amazonas e fique sempre bem informado com as notícias de Manaus e região!

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