O prefeito de Manaus, David Almeida, apresentou nesta sexta-feira (17) as obras do primeiro aterro sanitário do Amazonas, localizado no quilômetro 19 da rodovia AM-010. O projeto integra o Plano Municipal de Resíduos Sólidos e utiliza tecnologias avançadas para garantir segurança ambiental. A iniciativa transformará o lixo em biometano e energia solar, promovendo sustentabilidade e inovação para a cidade.
Obra integra plano de resíduos sólidos com foco na sustentabilidade
O novo aterro sanitário faz parte do Plano Municipal de Resíduos Sólidos e está totalmente alinhado à Resolução nº 430 do Conama. Com uma estrutura moderna que ocupa 67 hectares divididos em quatro células operacionais, a obra conta com um investimento estimado entre R$ 20 e 25 milhões. O solo será protegido por quatro camadas impermeabilizantes – geocomposto bentonítico (GCL), geomembrana de polietileno de alta densidade, geotêxtil RT-14 e argila compactada – garantindo a proteção do lençol freático.
Além disso, o empreendimento terá uma lagoa para tratamento avançado do chorume. O líquido tratado será reaproveitado internamente para hidrossemeadura e umedecimento das vias internas ao aterro, reforçando o conceito da economia circular no manejo dos resíduos sólidos.
Segurança ambiental garantida pelo TAC
A construção é resultado de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre a Prefeitura, Ministério Público do Amazonas (MP-AM) e Poder Judiciário. Esse acordo corrigiu irregularidades históricas no manejo dos resíduos urbanos na capital amazonense. Embora o investimento seja privado – realizado por empresas atuantes no setor – a prefeitura mantém propriedade sobre a área e controle total das operações.
Transformação dos resíduos em biometano e energia solar
Um dos grandes diferenciais deste aterro é sua capacidade sustentável: o biogás gerado pela decomposição dos resíduos será convertido em biometano, capaz de abastecer até 80 veículos diariamente, incluindo caminhões coletores e ônibus municipais. Paralelamente, está prevista a instalação de painéis solares no antigo aterro controlado que gerará cerca de 1 megawatt, suficiente para suprir quase 10 mil residências.
Segundo David Almeida, essas ações convertem um passivo ambiental em fonte renovável limpa que posiciona manaus como referência regional em sustentabilidade energética.
Plano municipal avança na descarbonização
O projeto também faz parte do plano municipal voltado à descarbonização da cidade. Até agora foram garantidos R$ 500 milhões em créditos ambientais decorrentes das iniciativas ambientais locais como preservação florestal urbana e ecobarreiras instaladas nos rios que impedem aproximadamente 300 toneladas anuais de lixo chegarem ao rio negro.
Reconhecimento local nacional pelo modelo sustentável
Considerado um dos mais modernos do país neste segmento, o novo aterro já atrai pesquisadores interessados nas soluções aplicadas pela capital amazonense. Autoridades locais destacam seu impacto histórico: “Manaus terá pela primeira vez um sistema adequado às normas ambientais vigentes com tratamento correto ao chorume”, afirmou sabá Reis secretário municipal responsável pela limpeza urbana.
O juiz Moacir Batista confirmou conformidade total com as legislações ambientais vigentes enquanto Renato Junior ressaltou os avanços rumo à uma Manaus mais limpa moderna sustentável.
“Nunca antes houve algo assim no Amazonas; este é realmente um marco histórico”, concluiu David Almeida durante visita às obras previstas para iniciar operação já em fevereiro de 2026 com vida útil estimada superior a duas décadas.
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