Dois homens foram condenados pela Justiça federal em Tabatinga por associação para o tráfico de drogas, tráfico internacional e posse irregular de arma de fogo, com penas superiores a 10 anos em regime fechado. Eles foram presos em flagrante durante uma operação policial realizada em agosto de 2024, que resultou na apreensão de 4,2 toneladas de pasta base e cocaína – uma das maiores apreensões já registradas no Amazonas.
Prisão e Apreensão Recorde no Amazonas
Durante a ação policial, os réus foram detidos enquanto armazenavam cerca de dois meses da droga. eles admitiram que planejavam manter o entorpecente guardado até o período da cheia do rio Solimões, previsto para outubro daquele ano.O objetivo era transportar a carga utilizando barcos com compartimentos ocultos nos fundos. Além das substâncias ilícitas, as autoridades também apreenderam armas de fogo, um veículo utilizado nas atividades criminosas e uma caderneta contendo anotações detalhadas sobre o esquema.
Detalhes da Operação
A logística montada pelos traficantes indicava um planejamento sofisticado para garantir a continuidade do transporte durante a cheia do rio. A construção das embarcações adaptadas reforça a organização e permanência dos envolvidos na atividade criminosa.
crime Transnacional na Tríplice Fronteira
O Ministério Público Federal (MPF), representado pelo procurador Guilherme Diego Rodrigues Leal, destacou na denúncia que os crimes ultrapassaram as fronteiras nacionais entre Brasil, Colômbia e Peru – região conhecida como Tríplice Fronteira. Essa área é marcada pela fiscalização pouco rigorosa entre as cidades brasileiras de Tabatinga e colombianas como Letícia.
Rota Estratégica para o Tráfico
A sentença judicial reconheceu essa rota terrestre como um importante corredor para entrada da cocaína no Brasil. Após passar pelo Alto Solimões, a droga tem Manaus como principal destino antes de ser distribuída para outras capitais brasileiras ou exportada principalmente à Europa.
Condenação Judicial e Impacto Regional
O contexto revelado pela investigação evidenciou que os réus estavam inseridos há tempo considerável no tráfico organizado naquela região amazônica. A decisão judicial reforça o combate ao crime transnacional envolvendo drogas na fronteira norte do país.
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