Israel autorizou o lançamento de ajuda humanitária por paraquedas na Faixa de Gaza após nove mortes por fome em 24 horas, intensificando a crise alimentar que já vitimou 122 pessoas desde o início da guerra em 2023, incluindo 83 crianças. A medida permite que países estrangeiros enviem suprimentos, com coordenação das Forças de defesa de Israel. Esta notícia é relevante para quem acompanha as notícias do Amazonas, pois destaca a urgência e os desafios humanitários globais.
Bloqueio e agravamento da crise alimentar
A situação na Faixa de Gaza piorou significativamente após Israel impor um bloqueio total em março de 2024, interrompendo quase completamente o fluxo de ajuda internacional. Apenas no final de maio alguns caminhões conseguiram entrar no território, mas ainda sob restrições severas.
Autoridades palestinas alertam que a fome se espalha rapidamente pela região. Organizações como Médicos Sem Fronteiras e Unicef indicam um colapso iminente no sistema assistencial local. Na última semana, três recém-nascidos morreram devido à desnutrição grave. Funcionários da ONU presentes na área também enviaram pedidos urgentes por alimentos.
Além disso, os preços dos alimentos dispararam drasticamente: segundo o Programa Mundial de Alimentos (PMA), a farinha usada para pão está até 3 mil vezes mais cara do que antes do conflito.
O lançamento aéreo dos suprimentos já causou acidentes fatais neste ano; um incidente com paraquedas em Beit Lahia resultou na morte de 12 pessoas ao tentarem resgatar pacotes desviados para o mar.
Controvérsias sobre a distribuição da ajuda
Israel afirma que dificuldades logísticas impedem a entrada efetiva da ajuda humanitária e acusa as Nações Unidas e outras organizações internacionais por não recolherem os alimentos nas fronteiras conforme combinado. outra preocupação levantada pelo governo israelense é o saque dos carregamentos pelo Hamas, usado para revenda ilegal e aumento da instabilidade local.
Por sua vez, o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza denuncia um “crime sistemático de fome” praticado pelas autoridades israelenses e exige abertura imediata das fronteiras. O governo local estima ser necessário diariamente:
- 500 caminhões com alimentos
- 50 caminhões com combustível
para evitar uma catástrofe humanitária ainda maior.
A Unicef também alerta sobre o risco iminente do esgotamento dos estoques essenciais à alimentação infantil: as reservas atuais das fórmulas terapêuticas devem acabar até meados deste mês.
Lançamentos autorizados e perspectivas
Até agora, Jordânia e Emirados Árabes Unidos receberam permissão oficial para realizar os lançamentos via paraquedas coordenados pelas Forças Armadas israelenses. As primeiras entregas estão previstas para ocorrer nos próximos dias; entretanto, detalhes sobre volume ou frequência ainda não foram divulgados oficialmente pelas autoridades militares envolvidas nas negociações.
Moradores locais pedem atenção urgente às condições básicas como alimentação adequada diante desse cenário crítico que afeta milhares diretamente – uma realidade distante mas conectada às preocupações globais refletidas também nas notícias do Amazonas.
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