O projeto “Circo para Todos”, idealizado pela artista circense venezuelana Teffy Rojas, concluiu sua circulação pelo interior do Amazonas com grande sucesso, alcançando mais de 600 pessoas. Entre janeiro e abril de 2024,o espetáculo “Memória de Ser” e a oficina inclusiva “Laboratório Rojo para Pessoas com Deficiências” foram apresentados em três municípios do estado e em instituições dedicadas a pessoas com deficiência,promovendo arte circense como ferramenta de inclusão social.
Circulação pelo interior do Amazonas
A itinerância levou o espetáculo “Memória de Ser” às comunidades Baniwa Yamado (próxima a São Gabriel da Cachoeira), Cartucho (em Santa Isabel do Rio Negro) e ao município de Presidente Figueiredo. Paralelamente,a oficina voltada para pessoas com deficiência foi realizada em espaços especializados em São Gabriel da Cachoeira e Manaus.
Segundo Teffy Rojas, que reside há quase uma década na capital amazonense e é fundadora do coletivo Laboratório Rojo, apresentar uma performance que aborda o luto por meio da sensibilidade artística representou um desafio motivador. Ela destaca que essa experiência reforça sua crença no potencial transformador das artes circenses para promover convivência social e reflexão cultural.
Produção técnica e equipe envolvida
O projeto foi contemplado pelo Edital de Chamamento Público nº 03/2024 – Fomento à execução de ações culturais no segmento Circo. A montagem original foi criada em 2023 sob direção técnica do malabarista Marcelo Rodini (“Mamute Malabarista”). Nesta nova fase da circulação, contou ainda com provocação corporal conduzida por Viviani Paldini.
A equipe técnica incluiu profissionais responsáveis pela acessibilidade (Ananda Guimarães), produção geral (Igor Falcão), imagem (Cesar Nogueira), fotografia (Alonso Junior) e monitoria (Miguel Guevara). A artista ressalta que tanto o espetáculo quanto a oficina tiveram relevância artística significativa, sendo esta última desenvolvida como contrapartida social por meio de exercícios lúdicos focados na coordenação motora e consciência corporal.
Documentário registra legado cultural
Além das apresentações gratuitas realizadas nas comunidades amazonenses, está prevista a produção de um documentário que registrará essa jornada cultural. O filme mostrará os desafios enfrentados ao levar o circo para regiões remotas do estado – trabalho semelhante ao realizado anteriormente pela atriz Selma Bustamante junto ao mesmo produtor Cesar Nogueira.
Teffy compartilha seu entusiasmo: “Foi emocionante observar o encantamento das pessoas durante seus primeiros contatos com as linguagens circenses. Essa troca cultural é fundamental no meu trabalho como artista urbana engajada no circo social.” Ela também destaca ter conseguido apresentar uma dramaturgia mais densa nesta temporada – exigindo maior presença física,mentalidade aberta e domínio técnico – experiência que pretende carregar consigo por muito tempo.
Conclusão
O projeto “Circo para Todos” reafirma seu compromisso com a democratização da cultura no Amazonas através da arte inclusiva. Ao integrar espetáculos sensíveis à realidade local com oficinas adaptadas às necessidades específicas dos participantes, fortalece-se um diálogo artístico capaz de transformar vidas nas comunidades atendidas.
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