Uma idosa de 103 anos teve o pé amputado por uma enfermeira durante uma cirurgia clandestina realizada na Asa Norte, Distrito Federal. O procedimento ocorreu sem monitoramento hospitalar e foi conduzido por uma profissional sem habilitação para esse tipo de operação. A paciente, que apresentava o pé completamente necrosado, passou pela amputação sem anestesia adequada e sentiu dores intensas enquanto o bisturi cortava o membro. O caso está sob investigação da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).
Cirurgia clandestina e condições precárias
A vítima recebia cuidados em regime de home care, com técnicos e enfermeiros que se revezavam no atendimento domiciliar. A enfermeira responsável pela amputação teria sido contratada exclusivamente para realizar a cirurgia, mesmo não possuindo qualificação específica para tal procedimento. As condições eram tão precárias que,em uma tentativa inicial,um bisturi chegou a ficar cego devido ao estado avançado da necrose no pé da idosa.
Dor durante o procedimento
Durante a cirurgia improvisada, a idosa sentiu muita dor e ouviu orientações para manter a calma sob a justificativa de que estavam apenas removendo “uma unha encravada”.A ausência de anestesia adequada agravou ainda mais seu sofrimento.
Problemas após a amputação
Após concluir o procedimento ilegal, tanto a enfermeira quanto os familiares enfrentaram dificuldades para descartar corretamente o membro amputado. Conversas trocadas via WhatsApp revelam tentativas frustradas da profissional em utilizar as instalações do hospital onde trabalha para eliminar o pé necrosado.
Dificuldades no descarte do membro
Em um dos diálogos registrados, a enfermeira menciona estar enfrentando “BO por causa do pé” – expressão usada informalmente para indicar problemas legais – chegando até mesmo a rir da situação. Para resolver essa questão junto ao hospital era necessário que o paciente estivesse internado na unidade médica.
Posteriormente, ela informou ter encontrado outra forma de fazer desaparecer o membro através de um hospital público do DF; contudo não especificou qual instituição nem confirmou se conseguiu efetivar esse descarte.
Investigação policial sigilosa
A idosa foi internada na segunda-feira (27) com indicação para amputar parte da perna afetada pela necrose. Agentes especializados estiveram no local e convocaram familiares e funcionários envolvidos nos cuidados à delegacia para prestar depoimentos formais.
Até agora as autoridades mantêm sigilo sobre os detalhes das investigações em curso relacionadas ao caso.
Este episódio chocante reforça preocupações sobre práticas ilegais na área da saúde e destaca riscos graves à integridade dos pacientes idosos submetidos à negligência médica ou procedimentos clandestinos.
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