O governo federal instalou, na sexta-feira (14), uma sala de crise para enfrentar a seca e os incêndios que afetam principalmente o Pantanal e a Amazônia. Segundo a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, os problemas climáticos estão se agravando, com consequências ambientais que devem surgir mais cedo neste ano e causar impactos “muito graves”.
Sala de crise para combate à seca e incêndios
A criação da sala de situação tem como objetivo coordenar ações preventivas contra os efeitos da estiagem e dos focos de queimadas. A iniciativa é liderada pela Casa Civil da Presidência, com coordenação-executiva do Ministério do Meio Ambiente. Também participam os ministérios da Integração Nacional, Desenvolvimento regional, Defesa, Justiça e Segurança Pública.
Gestão preventiva dos riscos
Marina Silva destacou que o governo está adotando uma abordagem focada na gestão do risco, não apenas no enfrentamento dos desastres após sua ocorrência. “Estamos agindo dentro de um cronograma para garantir ações preventivas porque o custo de prevenir é sempre menor que o custo de remediar”, afirmou após reunião da Comissão Interministerial Permanente de Prevenção e Controle do Desmatamento e Queimadas.
Participação futura do Ministério da Saúde
A ministra ressaltou ainda que a sala terá atuação prolongada e poderá incluir futuramente o Ministério da Saúde devido aos impactos diretos dos incêndios na saúde pública – especialmente entre idosos e crianças.
Primeiros passos: reuniões estratégicas
A primeira reunião está marcada para segunda-feira (17), quando serão discutidas questões legais relacionadas à simplificação na contratação das equipes brigadistas, aquisição de equipamentos, uso de aeronaves e busca por recursos extraordinários.
Medidas específicas para a Amazônia
No caso amazônico, o Ministério dos Transportes já iniciou obras importantes como dragagem nos rios para facilitar abastecimento das comunidades ribeirinhas. Marina Silva enfatizou a necessidade urgente em antecipar suprimentos essenciais como combustível, oxigênio e alimentos enquanto as condições fluviais ainda permitem acesso.
Abrangência dinâmica conforme biomas afetados
Embora inicialmente voltada ao Pantanal e à Amazônia devido ao período crítico já identificado nesses biomas, a sala será flexível para atuar em outras regiões conforme as condições climáticas evoluam pelo país.”Nós estamos com cheia no Rio Grande do Sul agora; porém logo teremos seca lá também. Já há situações severas no Nordeste”, explicou Marina Silva. O foco atual reflete um planejamento baseado no calendário climático regional visando mitigar danos antes mesmo que eles se intensifiquem.
Conclusão
Diante desse cenário preocupante sobre mudanças climáticas agravadas neste ano em várias regiões brasileiras – especialmente Pantanal and Amazônia – as medidas governamentais buscam agir rapidamente com prevenção integrada entre ministérios envolvidos diretamente nas áreas ambientalmente sensíveis ou afetadas pela estiagem extrema.
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