domingo, outubro 12, 2025
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Notícias do Amazonas – Governo consulta população sobre vacina Abrysvo para gestantes

Está aberta até 9 de dezembro a consulta pública para avaliar a inclusão da vacina Abrysvo no Sistema Único de Saúde (SUS). Desenvolvida pela Pfizer e aprovada em abril deste ano no Brasil, a vacina tem como objetivo prevenir doenças respiratórias causadas pelo vírus sincicial respiratório (VSR), principal agente de infecções graves em crianças pequenas. A análise está sendo conduzida pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) e pode resultar na incorporação do imunizante ao Calendário Nacional de Vacinação da Gestante,com aplicação entre as semanas 32 e 36 da gestação.

Ministério da Saúde avalia inclusão no Calendário Nacional

Atualmente, o Ministério da Saúde estuda a possibilidade de incluir Abrysvo no Programa Nacional de Imunizações (PNI) para gestantes, com dose única aplicada entre as semanas 32 e 36. Essa estratégia visa garantir que os bebês já nasçam protegidos contra o VSR por meio dos anticorpos transferidos pela mãe durante a gravidez. Além disso, a vacina está disponível em clínicas particulares para mulheres grávidas dentro do período indicado (24 a 36 semanas) e também para idosos.

Impacto epidemiológico do vírus sincicial respiratório

Dados oficiais até novembro indicam que o VSR é responsável por cerca de 36% dos casos confirmados de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) no Brasil neste ano. Entre crianças menores de dois anos, esse vírus provoca até 40% das pneumonias e aproximadamente 75% dos casos graves de bronquiolite – inflamação das vias aéreas que pode levar à hospitalização. Mundialmente, o VSR é uma das principais causas mortais em bebês menores cinco anos, associado ainda à ocorrência frequente de surtos hospitalares especialmente em unidades neonatais.

Segurança e eficácia comprovadas

A aprovação regulatória da Abrysvo baseou-se nos resultados positivos obtidos durante os estudos clínicos realizados globalmente. No estudo fase três voltado para proteção materno-fetal participaram mais de sete mil gestantes distribuídas em diversos centros internacionais, incluindo quatro localizados no Brasil. Os dados mostraram que a vacina previne cerca de 82% das formas graves causadas pelo VSR nos primeiros três meses após o nascimento; essa proteção permanece elevada – 69% – até os seis meses do bebê.

Segundo especialistas envolvidos na pesquisa, quando aplicada na gestante dentro do período recomendado, os anticorpos produzidos atravessam a placenta fortalecendo o sistema imunológico ainda imaturo do recém-nascido. A Organização Mundial da Saúde considera prioritária essa linha vacinal devido ao potencial impacto positivo na redução da mortalidade infantil e diminuição da sobrecarga hospitalar causada por infecções respiratórias.

Disponibilidade regional e internacional

Na América Latina, países como Argentina e Uruguai já oferecem Abrysvo gratuitamente através dos seus sistemas públicos. Recentemente foi firmado um acordo entre Pfizer e Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), visando ampliar o acesso à vacina aos Estados membros via Fundo Rotativo para Acesso a Vacinas.

No Brasil, representantes afirmam estar empenhados para ampliar rapidamente sua oferta às populações elegíveis diante do desafio imposto pelo VSR. Além disso, Abrysvo é atualmente licenciada também nos Estados Unidos e europa tanto para uso materno quanto geriátrico.

Consulta pública: participação social fundamental

A consulta pública promovida pelo Ministério permite que qualquer cidadão contribua opinando sobre esta possível incorporação ao SUS por meio do site oficial da Conitec. Esse processo consultivo fortalece o diálogo entre governo e sociedade civil nas decisões relacionadas à saúde pública brasileira.

Para participar basta preencher formulário específico disponível online referente à consulta número 95/2024 sobre vacinação contra doenças provocadas pelo vírus sincicial respiratório via imunização ativa em gestantes.

Conclusão

A avaliação sobre incluir Abrysvo no calendário nacional representa um avanço importante na prevenção das complicações causadas pelo vírus sincicial respiratório especialmente entre recém-nascidos vulneráveis. A participação popular nesta etapa reforça o compromisso coletivo com políticas públicas eficazes voltadas à saúde materno-infantil.

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