O governo de Goiás declarou estado de emergência nesta segunda-feira (30) devido ao aumento significativo dos casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG). A medida foi tomada após o estado registrar, por sete semanas consecutivas, uma taxa de incidência acima do esperado. Até agora, foram contabilizados 6.743 casos, incluindo infecções por influenza, covid-19, vírus sincicial respiratório e rinovírus.
Contexto e impactos
Aumento das internações
“Como reflexo direto do aumento de casos,houve crescimento nas solicitações de internação hospitalar por SRAG,o que tem provocado impacto significativo nas taxas de ocupação dos leitos clínicos e de unidades de terapia intensiva (UTI),tanto nas unidades públicas quanto nas conveniadas ao Sistema Único de Saúde (SUS)”,informou a secretaria em nota.
O decreto permite a abertura imediata de novos leitos para atendimento aos pacientes com SRAG. Segundo a secretaria estadual da saúde, essa ação é essencial diante da crescente demanda por internações relacionadas a quadros respiratórios graves observada nos últimos meses.
Números atualizados
situação epidemiológica recente
No primeiro semestre deste ano, Goiás registrou 10.676 solicitações para internação por SRAG – um aumento superior a 33% em relação ao mesmo período do ano anterior (8.011 solicitações). Em maio deste ano foram feitas 2.406 solicitações contra 1.767 no mesmo mês em 2024.
Casos registrados e municípios envolvidos
No total do ano passado foram notificados 7.477 casos da síndrome no estado; já os dados deste ano indicam um crescimento expressivo desde o final março com pico entre abril e início junho (semanas epidemiológicas 17 a 21).Além disso, pelo menos 24 municípios goianos solicitaram recursos ao Ministério da Saúde para converter leitos adultos em UTIs específicas para tratamento da SRAG.
Vacinação e Perfil dos Casos
Cobertura vacinal contra gripe
A campanha estadual contra gripe teve início em abril com foco inicial nos grupos prioritários; após cerca de seis semanas foi ampliada para toda população acima dos seis meses. Atualmente a cobertura vacinal está em 38,96%, com mais de um milhão e meio doses aplicadas.
“A secretaria alerta que a baixa vacinação aumenta a chance de grupos vulneráveis desenvolverem formas graves da doença comprometendo o sistema público”, destacou ainda que as crianças são as mais afetadas entre os infectados enquanto os idosos predominam entre os óbitos registrados até agora.”
Distruibuição etária dos casos e óbitos
Dentre os casos confirmados até o momento: 2.654 são menores que dois anos, 754 têm entre dois e quatro anos, 659 estão na faixa dos cinco aos nove anos; enquanto pessoas acima dos sessenta somam 1.414 registros.
No total foram contabilizados 402 óbitos, sendo que 256 ocorreram em idosos acima dos sessenta anos; crianças menores que dois anos representam 40 mortes; pessoas entre cinquenta e cinquenta e nove anos somam 35 falecimentos; já aqueles na faixa etária entre quarenta e quarenta e nove contam com 29 mortes registradas até aqui.
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