Maria Branyas Morera, reconhecida como a pessoa mais velha do mundo pelo Guinness World Records em janeiro de 2023, faleceu aos 117 anos na Espanha nesta terça-feira (20).Nascida em 4 de março de 1907,em São Francisco,nos Estados Unidos,ela viveu momentos históricos marcantes e deixou um legado de longevidade e lucidez. Branyas passou as últimas duas décadas em uma casa de repouso na cidade espanhola de Olot.
Vida e trajetória da pessoa mais velha do mundo
Maria Branyas nasceu nos Estados Unidos pouco depois que sua família migrou do México. Em 1915, durante a Primeira Guerra Mundial, retornou com a mãe para a Espanha – uma viagem marcada por tragédias familiares: seu pai faleceu devido à tuberculose durante o trajeto e seu caixão foi lançado ao mar. Estabelecida em Barcelona, casou-se com um médico em 1931 e teve três filhos. O casal permaneceu junto por cerca de quarenta anos até o falecimento do marido.
Ao longo da vida, Maria enfrentou eventos históricos como a gripe espanhola de 1918, as duas guerras mundiais e a guerra civil espanhola. Em 2020 contraiu covid-19 logo após completar 113 anos mas conseguiu se recuperar totalmente.
Reconhecimento oficial e últimos dias
O Guinness World Records reconheceu oficialmente Maria Branyas como a pessoa mais velha viva no início deste ano após o falecimento da freira francesa Lucile Randon aos 118 anos. Após sua morte recente aos 117 anos na Espanha, quem ocupa agora esse título é Tomiko Itooka, japonesa nascida em maio de 1908.
Nos últimos dias antes do falecimento tranquilo enquanto dormia – conforme relato da família nas redes sociais – Maria havia publicado mensagem alertando sobre sua fraqueza física mas pediu para que não houvesse tristeza ou lágrimas entre seus entes queridos.Saúde excepcional e estudos genéticos
A longevidade notável foi atribuída pela filha mais nova Rosa Moret à genética familiar; segundo ela Maria nunca precisou ser hospitalizada nem sofreu fraturas graves ao longo dos anos. Pesquisadores da Universidade de Barcelona estudaram seu DNA para entender os fatores que contribuíram para sua saúde robusta mesmo com idade avançada.
O professor Manel Esteller destacou que Maria mantinha plena lucidez mental até os últimos meses da vida – lembrava detalhes claros desde os quatro anos – além disso não apresentava doenças cardiovasculares comuns entre idosos; suas limitações eram restritas à mobilidade reduzida e perda auditiva moderada.
Legado histórico
Maria Branyas Morera representa um exemplo raro no mundo pela combinação entre longevidade extrema aliada à qualidade cognitiva preservada mesmo após viver períodos turbulentos do século XX. Ela deixa descendentes diretos incluindo netos e bisnetos espalhados pela Espanha.
A pessoa verificada com maior idade já registrada permanece sendo Jeanne Louise Calment da França que morreu aos 122 anos em 1997.
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