A estiagem severa que atinge o Brasil está secando rios e ameaçando as maiores bacias hidrográficas do país.A Universidade federal de Alagoas (Ufal) emitiu um alerta sobre a situação crítica, que já afeta estados das regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste. O Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites da Ufal identificou que 12 bacias estão sofrendo com a escassez hídrica, colocando em risco o abastecimento e os ecossistemas locais.
Impactos da estiagem nas principais bacias hidrográficas
O monitoramento realizado pelo laboratório da Ufal destaca que o rio Tefé, no Amazonas, apresenta as condições mais preocupantes entre os afetados. Este rio é afluente do Solimões,assim como os rios Mamiá e Badajós,também sob alerta devido à baixa vazão. Além deles,o Baía Grande no Mato grosso e o rio Tocantins são outras importantes fontes hídricas em situação delicada.
situação dos rios na região Norte
No Amazonas, a seca compromete diretamente a navegabilidade e a biodiversidade local. O rio Tefé está com níveis críticos de água, refletindo uma tendência preocupante para outros cursos d’água na região norte.
Condições nos estados Centro-Oeste e sudeste
No Centro-Oeste destaca-se o Baía Grande no Mato Grosso enfrentando redução significativa do volume hídrico. Já no Sudeste há preocupação com vários mananciais importantes para abastecimento urbano e agrícola.
Análise técnica sobre vazão dos rios
O coordenador do laboratório da Ufal, professor Humberto Barbosa, explica que apesar das perdas significativas observadas ao longo das últimas décadas – como os 60% de redução na vazão do São Francisco nos últimos 30 anos – este rio não é motivo imediato de preocupação neste momento específico. segundo ele, as regiões mais afetadas atualmente são Norte, Centro-Oeste e Sudeste.
Período crítico para recuperação das chuvas
Setembro é apontado como um mês especialmente crítico para as reservas hídricas brasileiras devido à estiagem prolongada. A expectativa recai sobre outubro para uma possível melhora nas condições climáticas com chuvas regulares.
Incertezas climáticas influenciam previsões futuras
Ainda segundo Barbosa há incertezas quanto ao comportamento do período chuvoso por conta da fraqueza atual do fenômeno La Niña aliado às temperaturas oceânicas em transição. Somente após essa fase será possível fazer previsões mais confiáveis sobre quando ocorrerá a recuperação dos níveis pluviométricos normais.
Medidas emergenciais adotadas diante da crise hídrica
Em resposta à situação crítica causada pela seca intensa foi liberado pelo DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) o tráfego livre para veículos pesados na BR-319 visando facilitar operações logísticas essenciais durante esse período difícil.
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