Eric Max, cantor natural de Novo Airão, no Amazonas, lançou recentemente a música MUCURA, que traz uma forte conexão com a simbologia ancestral e destaca a importância dos povos originários da amazônia. O videoclipe da canção foi gravado no Palácio Villa Philippe, localizado no Rio de janeiro, um edifício histórico construído por Dom Pedro II e cedido para as filmagens pela artista francesa julie d’Aimé. Disponível em todas as plataformas digitais e no YouTube, o clipe chama atenção pela qualidade visual e sonora, além dos grafismos de luz que dialogam com a poesia indígena.
Manifesto cultural inspirado na ancestralidade
Eric Max apresenta MUCURA como um manifesto de força, cura e reinvenção. A obra é inspirada no poema “Florestal”, do dramaturgo amazonense José Ribamar Mitoso, fundador do Teatro Mito Ritualístico. O videoclipe reforça a necessidade de contar a história da Amazônia sob o olhar dos seus povos originários.
Retomada histórica
O artista destaca que o país teve sua história escrita pelos colonizadores europeus que se colocaram como protagonistas. Segundo ele: “A gente, que é povo originário, não fomos devidamente citados na história”. Essa retomada representa um gesto poderoso para resgatar narrativas esquecidas ou invisibilizadas.
A mucura como símbolo de resistência
O nome da música faz referência à mucura – também conhecida como gambá ou saruê – animal escolhido por Eric Max para representar resistência. Ele explica: “Eu escolhi a mucura porque é um animal considerado feio e frequentemente agredido; ninguém pode mais ser desrespeitado.” Com isso, o cantor busca ressignificar esse símbolo através da arte.
Participação artística diversa
O clipe reúne artistas vindos de várias regiões do Brasil: Amazonas,São Paulo,Sergipe,Piauí e Rio de Janeiro colaboram nesse projeto coletivo que une diferentes expressões culturais em uma aldeia digital.
Floresta digital: união pela arte
Eric Max convida todos para assistir ao clipe disponível no YouTube e ouvir sua música nas plataformas digitais. Ele ressalta que falar em floresta digital significa também pensar numa aldeia digital onde artistas se conectam para mostrar suas criações online – um movimento ainda em início mas promissor.
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