Fotógrafos de diversas regiões do Brasil se preparam para registrar a chegada do Air Force One em Manaus neste domingo (17), quando o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, desembarca na capital amazonense. entre eles está Felipe Augusto de Sousa, 36 anos, que viaja há semanas planejando enfrentar 12 horas de ônibus até Manaus para chegar ao amanhecer. Com equipamentos fotográficos e passagem de volta na bagagem – pois no dia seguinte precisa trabalhar como gerente em um supermercado – ele representa a legião de entusiastas da aviação que cruzam o país para esse momento raro.
A expectativa dos fotógrafos e as restrições em Manaus
A visita presidencial tem mobilizado os chamados plane spotters – observadores e fotógrafos especializados em aeronaves – que acompanham atentamente os movimentos no aeroporto Internacional Eduardo Gomes. A chegada do Air Force One está prevista entre 10h30 e 11h deste domingo,mas as condições para registrar o pouso não serão fáceis.
Por determinação da Embaixada dos Estados Unidos, a área oficial destinada aos spotters estará fechada durante a visita. Além disso,a Força Aérea Brasileira (FAB) implementará medidas rigorosas com áreas restritas e proibidas semelhantes às adotadas durante o G20 no Rio de Janeiro. Mesmo assim, os fotógrafos buscam alternativas estratégicas para capturar imagens únicas.
Estratégias dos observadores
Rodrigo Dantas, 35 anos, responsável pela conta Aviação amazônica no Instagram, relata que os spotters locais estudam há dias pontos altos ou próximos à cabeceira da pista para garantir uma boa visão do avião presidencial.”Esse avião mexe muito com a gente; nunca vi tanto engajamento até mesmo de pessoas que não são daqui”, comenta Rodrigo. Ele acrescenta: “Se for necessário vamos subir em cima das árvores”.
Enquanto isso, outros optaram por encurtar distâncias: a bióloga paulistana Gisele Almeida chegou ao Rio de Janeiro na sexta-feira (15) e ficará próxima ao aeroporto do Galeão junto com um grupo dedicado à fotografia das aeronaves das comitivas presidenciais presentes na cúpula do G20.
O Air Force One: símbolo da aviação mundial
O Air Force One é um Boeing 747-200B adaptado especialmente pela Força Aérea dos Estados unidos sob a designação VC-25A. São duas aeronaves disponíveis com códigos nas caudas 28000 e 29000 usadas pelo presidente americano.
Características técnicas
Este jato possui capacidade ilimitada de autonomia graças ao reabastecimento aéreo contínuo e é equipado com sistemas avançados seguros de comunicação capazes de transformá-lo num centro móvel comando em situações emergenciais ou ataques aos EUA.
internamente conta com três níveis incluindo uma suíte presidencial ampla composta por escritório particular, sala para conferências e banheiro privativo. Também dispõe área médica equipada como sala cirúrgica permanente acompanhada por médico embarcado; duas cozinhas capazes alimentar cem pessoas simultaneamente; acomodações confortáveis para equipe presidencial além da imprensa convidada; além disso vários aviões cargueiros acompanham sua frota transportando veículos oficiais como helicópteros.
Histórico recente
O modelo atual foi adquirido nos anos 1990 durante o governo George H.W Bush mas já deveria ter sido substituído por versões mais modernas compradas ainda no primeiro mandato Donald Trump por US$3,9 bilhões – trata-se das versões modificadas Boeing 747-8 cuja entrega enfrenta atrasos devido dificuldades da fabricante.
Na última sexta-feira (14),ambos VC-25A voaram juntos saindo Washington rumo Lima onde Biden participou da cúpula Apec antes seguir viagem final até Manaus – enquanto ele estava numa delas seu séquito seguia logo abaixo cerca mil pés distante numa segunda unidade aérea especial americana.
Desafios logísticos diante da visita presidencial
Além do interesse intenso dos plane spotters nacionais vindos inclusive fora Amazonas registrarem essa rara oportunidade histórica fotografar um ícone mundialmente reconhecido na aviação civil militar moderna – existem também desafios impostos pelas autoridades brasileiras quanto à segurança aeroportuária local devido à importância diplomática dessa agenda oficial brasileira anfitriã do G20 nos dias seguintes no Rio De Janeiro.
O Museu da Amazônia será fechado temporariamente durante esta visita oficial garantindo maior controle sobre circulação pública nas proximidades aeroportuárias enquanto medidas especiais são aplicadas pela FAB visando preservar protocolos internacionais exigidos pelos EUA.
Felipe Augusto resume bem esse sentimento comum entre muitos apaixonados pelo tema: “É um avião lendário que nem mesmo americanos veem facilmente”, reforçando porque tantos se mobilizam apesar das dificuldades logísticas envolvidas.
Conclusão
A chegada do Air Force One marca evento singular dentro das notícias do Amazonas reunindo paixão pela aviação aliada à relevância política internacional trazida pela presença presidencial americana na região amazônica antes da cúpula global realizada no brasil.
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