Dados de 2024 mostram que mais da metade dos casais amazonenses opta por não mudar o sobrenome após o casamento. No Amazonas, essa mudança no comportamento matrimonial reflete uma valorização crescente da liberdade de escolha e da preservação da história pessoal dentro do relacionamento.A tendência, que se intensificou a partir de 2020, indica um movimento cultural importante na região.
Manutenção do sobrenome nos casamentos no Amazonas
O perfil dos casais que se casam no Amazonas tem apresentado transformações significativas nos últimos anos. Em 2024, 55,95% dos casamentos registrados pelos Cartórios de Registro Civil ocorreram sem alteração do sobrenome por parte dos cônjuges. Esse percentual representa um avanço considerável em relação a 2020, quando apenas 37,32% das uniões mantiveram os nomes originais.
Crescimento histórico dessa prática
Desde 2003, quando somente 12,14% dos casais optavam por manter seus nomes de solteiro após o casamento, houve uma evolução constante e acelerada desse comportamento.Em números absolutos para 2024 foram contabilizados 13.953 casamentos, sendo que em 7.801 deles não houve mudança no sobrenome dos parceiros. Já em 2020 foram realizados 13.242 matrimônios,com 4.940 mantendo os nomes originais.
Liberdade para preservar a identidade pessoal
Segundo david Gomes David, presidente da anoreg/AM: “No Amazonas observamos como as relações estão se reorganizando socialmente; os cônjuges buscam preservar sua história familiar através do nome sem comprometer o vínculo matrimonial.” Ele destaca ainda que essa liberdade é cada vez mais comum nas rotinas cartoriais e demonstra maior segurança das pessoas ao definirem suas escolhas pessoais.
Legislação e modalidades adotadas
O Código civil vigente desde 2002 assegura aos cônjuges a possibilidade tanto de manter quanto adotar sobrenomes diferentes após o casamento. Em relação às outras formas menos frequentes registradas em 2024:
- Apenas 1,60% escolheram incluir sobrenomes mutuamente
- Cerca de 0,78% dos homens adotaram o nome da esposa
- Enquanto isso, aproximadamente 41% das mulheres adotaram o sobrenome do marido
Além disso, mudanças recentes trazidas pela Lei Federal nº 14.382/22 ampliaram as possibilidades para alterações posteriores nos registros civis mediante comprovação adequada do vínculo familiar.
Comparativo com tendências nacionais
O cenário amazonense acompanha a tendência nacional pelo aumento na manutenção do nome original após o casamento; contudo apresenta crescimento mais expressivo nessa opção tornando-a predominante localmente frente às demais alternativas tradicionais.
Conclusão
A transformação observada nas escolhas sobre os sobrenomes evidencia uma nova dinâmica social entre os amazonenses pautada pela autonomia individual e respeito à trajetória pessoal dentro das uniões matrimoniais. Essa realidade reforça como as normas legais acompanham essas mudanças culturais promovendo maior flexibilidade aos cidadãos.
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